Nosso estudo em linhas gerais do
panorama estético universal, partindo das primeiras correntes artísticas
modernas até a atualidade, trouxe-nos também considerações sobre a atual
pintura brasileira.
Não é nossa intenção estudar pormenores
da evolução da arte moderna em nossa terra, mas apenas fazer notar
sinteticamente os fatores principais de sua transformação no tempo, ligando-a
de maneira definitiva à arte universal.
A arte contemporânea desconhece
fronteiras e sua ligação com outras terras se faz não por modismo, mas pela
consciência que o artista moderno tem de pertencer à humanidade e a ela estar
ligado indissoluvelmente.
A contribuição brasileira à arte
universal já se faz sentir, não só através de nossa arquitetura, conhecida e
admirada no mundo inteiro, como também através de nossa escultura, pintura,
gravura e desenho. Dão testemunho disso os prêmios conferidos a nossos artistas
nas exposições bienais de Veneza e de Paris.
A alma de nosso povo, com suas lutas
para um desenvolvimento social, seu desejo de afirmação e progresso, está
expressa na mensagem que nossos artistas levam a outros povos e raças.
As características próprias de nossa
pintura se determinam através de elementos puramente plásticos, que formam o
denominador comum de nosso país e de nossa cultura. São formas às vezes ligadas
ao barroco ou às tradições populares, condicionadas ao nosso clima, ao colorido
de nosso céu e à exuberância de nossa vegetação.
Vivemos cercados de cores e por
contradição nos expressamos tão bem em preto e branco: depois da arquitetura,
foi a gravura brasileira que despertou maior interesse nos meios
internacionais.
A revisão histórica da arte moderna no
Brasil poderia ser estabelecida em três períodos distintos, que determinaram as
principais direções de nossas tendências artísticas. (Trecho de meu livro
“Vivência e Arte”, Editora Agir, 1966)
Atualmente,
está havendo na Europa, uma busca das experiências artísticas feitas no Brasil
nos anos de 1950 e 60. Este interesse foi motivado por vários fatores, entre
eles uma retrospectiva da Arte Construtiva Brasileira da Coleção Adolpho Leirner,
adquirida pelo Museu de Houston, nos EUA, sob a curadoria de Mari Carmem
Ramirez. Esta coleção foi exposta na Europa com grande sucesso.
*Fotos
de Maria Helena Andrés e de arquivo
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