sábado, 19 de dezembro de 2020


 

EULER DE SALLES COELHO E O SILÊNCIO DA MEDITAÇÃO

 Vejo as fotos da Matriz da Boa Viagem completamente restaurada, uma imagem do que ela foi no passado para todos nós e vou revivendo também o meu passado naquela igreja.

As memórias me trazem de volta a figura profundamente religiosa do meu pai, Euler de Salles Coelho, assíduo frequentador da Boa Viagem e adorador do Santíssimo Sacramento. Papai tinha dia e hora para sua meditação junto ao Santíssimo Sacramento, ali ficava em oração, pedindo pelos filhos e por todo o Brasil.

Eu, algumas vezes, o acompanhava e aquele ambiente de paz e silêncio me fazia muito bem.

Todas as formas de meditação nos conduzem para o encontro com o terreno, com aquilo que não se perde no tempo.

Papai havia deixado a política, sua busca interior procurou refúgio naquela meditação silenciosa que fazia todas as semanas na igreja da Boa Viagem.

Hoje vejo a igreja, resplandecente nas fotos divulgadas pela internet e fico pensando no meu pai e na sua profunda ligação com a Igreja Católica.

Esta inclinação para os aspectos transcendentais da existência, ele conseguiu transmitir para todos nós, e o seu exemplo foi marcante sem exigir que nenhum o seguisse.

Agora, a beleza da igreja que ele frequentava nos traz de volta a figura do pai e momentos de paz e recolhimento.

Papai também se envolvia em outros aspectos mais participativos da religião católica, frequentava a Irmandade do Carmo e desfilava nas procissões vestido com o hábito marrom dos Carmelitas.

Um episódio interessante ocorreu quando ele desfilava pelas ruas, acompanhando a procissão.

De repente uma moça rompeu a procissão para pedir a benção ao padre.

Olhou para cima e exclamou admirada: “É o Dr Euler!”

A moça era a empregada da nossa casa.

*FOTOS DE ARQUIVO E DA INTERNET

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domingo, 6 de dezembro de 2020







 

A ÁGUA FALA, UMA ENTREVISTA II

 Dando continuidade à entrevista concedida por Maurício Andrés para a Revista Planetapontocom, transcrevo o texto abaixo:

“Para saber mais sobre o processo de criação do livro A água fala, entrevistamos o escritor Maurício Andrés, um dos autores do livro. Leia abaixo:

Revistapontocom – Quais fatores motivaram a criação do livro A água fala? 

Maurício Andrés – para as próximas gerações será cada vez mais vital ter não apenas conhecimento especializado, mas uma consciência holística e integral sobre a água. Motivados por isso escrevemos o livro A água fala na primeira pessoa do singular, como se a narrativa fosse feita pela própria água.

Revistapontocom – Qual o público-alvo do livro?

Maurício Andrés – a obra é dirigida aos jovens, numa linguagem sintética e poética, permeada por ilustrações da artista Maria Helena Andrés.

Revistapontocom – Quando começou o projeto?

Maurício Andrés – o projeto de criação do título começou há mais de dez anos, enquanto trabalhei profissional e institucionalmente com o tema da água e senti necessidade de transmitir esse conhecimento numa linguagem comunicativa para promover a hidroconsciencia e dissolver a hidroalienação.

Revistapontocom – Quais os pilares da narrativa?

Maurício Andrés – as cinco partes do livro tratam de vários aspectos da água: seu movimento no cosmos e no ambiente; sua importância como substância em que se origina a vida; sua importância nas culturas e nas artes; seus múltiplos usos e os conflitos entre usuários quando ela escasseia; e os modos de gerir e compartilhar a água para que ela esteja disponível a todos os que dela necessitam. Além disso, o livro apresenta um glossário com palavras importantes no universo da água e perguntas voltadas para uma leitura dirigida, além de exercícios para atividades escolares.

Revistapontocom – Quais as principais fontes de pesquisa para o desenvolvimento do livro?

Maurício Andrés – a minha vivência e experiência durante mais de uma década numa instituição que cuida das águas, hoje chamada de Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, me colocou em contato com especialistas de várias formações disciplinares e acadêmicas altamente qualificados e com publicações, eventos e estudos técnicos e científicos que  foram fontes valiosas para ampliar meu aprendizado sobre esse tema fascinante. Complementei esses conhecimentos com pesquisas no campo da agenda cultural das águas e sua presença na história das civilizações humanas.

Revistapontocom – Como os autores se dividiram para construção do roteiro?

Maurício Andrés – O roteiro foi concebido por mim, que elaborei o texto base. Em seguida, Aparecida adaptou esse texto base para uma linguagem poética e sintética a fim de facilitar sua comunicação com o público jovem e com os leitores, em geral. Por fim, Maria Helena criou as cerca de cem ilustrações correspondentes a cada segmento do texto.

Revistapontocom – Qual mensagem o livro quer passar e por quê?

Maurício Andrés – o livro quer passar para os jovens uma mensagem sobre a importância de conhecer bem a água, elemento vital e essencial que precisará ser cada vez mais bem gerenciado e cuidado, para que não falte a todos aqueles que dela precisam em suas vidas.

Sobre os autores
Maria Helena Andrés é artista plástica, arte-educadora e escritora. Foi uma das primeiras alunas do pintor e artista plástico francês Alberto da Veiga Guignard. Premiada em vários salões e bienais, expôs na França, Itália, no Chile, nos Estados Unidos e tem obras em museus no Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos. Fez inúmeras viagens de estudos à Índia. Escreveu vários livros (Vivência e Arte; Encontros com mestres no Oriente; Oriente-Ocidente – integração de culturas; Os Caminhos da Arte) e ilustrou outros tantos (escritos por Pierre Weil, Marco Antonio Coelho, Aparecida Andrés). Publica artigos e textos sobre artes, sua vida de artista e suas memórias e viagens nos blogs
http://mariahelenaandres.blogspot.com/ 
http://memoriaseviagensmha.blogspot.com/

Aparecida Andrés é graduada e mestre em Filosofia, cursou o mestrado em Ciência Política e é médica. Foi professora de Filosofia, pró-reitora de Extensão na UFMG e Consultora Legislativa na Câmara dos Deputados. Escreveu o livro infanto-juvenil Pepedro nos caminhos da Índia, que narra as viagens de um menino brasileiro àquele país. Tem vários artigos e textos acadêmicos e literários publicados.

Maurício Andrés é arquiteto, fotógrafo e escritor. Escreveu vários livros sobre Ecologia e sobre a Índia.  Foi gestor ambiental em Belo Horizonte e no Estado de Minas Gerais. Em Brasília foi diretor do Ministério do Meio Ambiente e conselheiro no Conselho Nacional de Meio Ambiente e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos, assessor na Agência Nacional de Águas e palestrante no Programa de Pós -Graduação em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos- ProfÁgua. Participa de ONGs pela paz e pelo federalismo mundial. Publica no blog http://ecologizar.blogspot.com/ 

Ficha técnica:
Edição: Instituto Maria Helena Andrés
 Produção Editorial: Maurício Andrés
Revisão: Aparecida Andrés
Layout e capa: João Diniz
Primeira edição publicada em português, inglês e francês e italiano em 2020

Copyright Instituto Maria Helena Andrés – toda a receita desse livro é destinada ao Instituto Maria Helena Andrés, para atividades no campo da arte e do desenvolvimento humano.

Link para o livro A água falaem português:

Link para o livro Water Speaks. em inglês

Tradução de Jane Roberta Lube.

Link para o livro L’eau parle em francês

Tradução de Anne-Sophie de Pontbriand Vieira.

Link para o livro L’acqua parla em italiano:

Tradução de Giorgio De Antoni – revisão de Alberto Sica.”

*Fotos de arquivo

*Ilustrações de Maria Helena Andrés

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