Vejo as fotos da Matriz da Boa Viagem completamente restaurada, uma imagem do que ela foi no passado para todos nós e vou revivendo também o meu passado naquela igreja.
As memórias me trazem de volta a figura
profundamente religiosa do meu pai, Euler de Salles Coelho, assíduo frequentador
da Boa Viagem e adorador do Santíssimo Sacramento. Papai tinha dia e hora para
sua meditação junto ao Santíssimo Sacramento, ali ficava em oração, pedindo
pelos filhos e por todo o Brasil.
Eu, algumas vezes, o acompanhava e aquele ambiente
de paz e silêncio me fazia muito bem.
Todas as formas de meditação nos conduzem para o
encontro com o terreno, com aquilo que não se perde no tempo.
Papai havia deixado a política, sua busca interior
procurou refúgio naquela meditação silenciosa que fazia todas as semanas na
igreja da Boa Viagem.
Hoje vejo a igreja, resplandecente nas fotos
divulgadas pela internet e fico pensando no meu pai e na sua profunda ligação
com a Igreja Católica.
Esta inclinação para os aspectos transcendentais da
existência, ele conseguiu transmitir para todos nós, e o seu exemplo foi
marcante sem exigir que nenhum o seguisse.
Agora, a beleza da igreja que ele frequentava nos
traz de volta a figura do pai e momentos de paz e recolhimento.
Papai também se envolvia em outros aspectos mais
participativos da religião católica, frequentava a Irmandade do Carmo e
desfilava nas procissões vestido com o hábito marrom dos Carmelitas.
Um episódio interessante ocorreu quando ele
desfilava pelas ruas, acompanhando a procissão.
De repente uma moça rompeu a procissão para pedir a
benção ao padre.
Olhou para cima e exclamou admirada: “É o Dr Euler!”
A moça era a empregada da nossa casa.
*FOTOS DE ARQUIVO E DA INTERNET
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