Voltemos
ao princípio do século e iremos encontrar na França outra corrente artística,
nascida das experiências de Van Gogh e Gauguin.
Tendo como criadores mais expressivos
os artistas Vlamink e Matisse, os fovistas inauguraram suas inovações no Salão
de Outono em 1905.
Escandalizaram o público e os críticos
com suas obras excessivamente coloridas e foram considerados como
"fauves", isto é, "feras". Daí a denominação fovismo.
Segundo Carlos Cavalcanti, "eles queriam
realizar o absoluto no acordo dos tons puros, sem os meio-tons acadêmicos nem a
análise dos impressionistas."
Os fovistas traduziam em suas telas de
colorido intenso, quase selvagem, sensações instintivas e imediatas, e não
sentimentos profundos e dramáticos como os expressionistas. Sofreram grande
influência das artes populares e primitivas, delas herdando o elementarismo da
forma e da cor.
Os cubistas, aproveitando a
simplificação da forma, iniciada por Cezanne, analisaram-na e decompuseram-na
como os impressionistas haviam feito com a cor.
O quadro era construído sobre um plano
arquitetônico, as figuras rebatidas segundo os princípios da geometria
descritiva. Foi o primeiro passo para o abstracionismo.
O cubismo, cuja denominação surgiu de
uma crítica feita por Henri Matisse a um quadro de Braque, teve como grande
apologista intelectual Guillaume Apollinaire, que o definiu como arte de
concepção, isto é, de análise do motivo para se chegar à realização definitiva.
Esta análise intelectual seria a fase
preliminar da criação, submetendo-se a espontaneidade à razão pura. Daí
partia-se para uma forma nova, abstrata, inteiramente afastada da realidade
inicial.
O cubismo sofreu várias transformações
em seu desenvolvimento. Artistas como Picasso, Braque e Juan Gris introduziram
em suas telas letras, jornais e colagens diversas, buscando na fusão de
materiais estranhos um resultado artístico de grande efeito plástico. A
colagem, quando usada com habilidade e gosto, proporcionava um equilíbrio de formas
bastante intelectual e sugestivo à composição inicial do artista. (Trecho do
meu livro “Vivência e Arte”, editora Agir, 1966)
*Fotos
da internet
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