terça-feira, 7 de junho de 2016

QUARENTA ANOS DE ESTUDOS SOBRE A ÍNDIA EM 15 MINUTOS

Recebi de Maurício Andrés Ribeiro, um texto muito importante, que transcrevo abaixo. 

A Embaixada da Índia em Brasília promove mensalmente Chais com Letras. Entre livros, escritores, músicos e poetas, resumi em quinze minutos quarenta anos de estudos sobre a Índia.  Uma pilha de livros e revistas com textos sobre a Índia estruturou a espinha dorsal de minha apresentação.
Contei a história de minha relação com a Índia, desde 1976, quando contatei Vinod Vyasulu no Indian Institute of Management em Bangalore e submeti uma proposta de pesquisa ao Indian Council of social Science Research sobre Habitat e Transferência de Tecnologia, por meio da bolsa de estudos do CNPq. Tenho dela hoje uma velha cópia mimeografada.

Durante um ano, em 1977-78, estudei comparativamente Juramento, uma cidade no norte de Minas Gerais e Kenchankuppe, uma aldeia no sul da Índia.
Viajei para várias partes da Índia explorando possibilidades de cooperação entre esses dois maiores países tropicais do mundo. 

Contatei muitas universidades e centros de pesquisa. Encantei-me com o ambiente democrático do país, com a efervescência de ideias na vida cotidiana. 
Estudei as ideias mundialistas de Gandhi, Nehru, Tagore e o pensamento político e social de Sri Aurobindo e traduzi uma constituição para a Federação do Planeta Terra, publicada pela imprensa de Auroville.
Retornando ao Brasil, publiquei artigos em revistas, capítulos em livros, promovi encontros Brasil-Índia.

Condensei tudo o que escrevera até então sobre o estudo comparativo, o potencial de intercâmbio Brasil-Índia e as perspectivas do federalismo mundial no livro Tesouros da Índia, editado por Eleonora Santa Rosa em 2003. (Ver.www.ecologizar.com.br). Imaginei ter posto um ponto final no assunto. Entretanto, o livro publicado resultou em convites para palestras e conferencias e compreendi que parte de meu dharma nessa presente encarnação é ajudar a promover a cooperação da Índia com o Brasil.
A partir de então, continuo a publicar textos sobre a India em meio eletrônico a exemplo de http://ecologizar.blogspot.com.br/2015/11/unidade-na-diversidade-contribuicao.html 

Essas atividades são parte integrante de um trabalho de equipe amplo. Meu pai falecera em 1977 e eu fora para a Índia com  minha esposa Aparecida Andrés, meu  filho Joaquim Pedro,  minha irmã Eliana, professora de yoga e minha mãe, Maria Helena Andrés, artista plástica que visitou 15 vezes a Índia e publica textos e imagens em seus blogs. Ver http://imha.org.br/portfolio/exposicao-caminhos-das-indias/  e http://walmirgois.com.br/imha/wp-content/uploads/2015/11/MHA-Viagens-a-India-e-ao-Oriente.pdf

A partir  de 2003, fortaleceu meu  interesse pela ecologia pessoal, a ecologia do ser, as paisagens interiores. O autoconhecimento sobre a espécie humana é  crucial nesse período antropoceno da história. Cosmovisões e modos de compreender o mundo e a natureza da mente  podem mostrar caminhos para a nossa espécie de seres em transição num mundo em crise ecológica. São inspiradores os conhecimentos sobre a psicologia yogue, a subjetividade, as cosmovisões indianas que aprendi na Sociedade Teosófica em Adyar, em Pondicherry e Auroville, cidade internacional inspirada em Sri Aurobindo; na Universidade Espiritual dos Brahma Kumaris em Mount Abu, no ashram de Ramana Mararishi em Tiruvanamalai, no ashram de Gandhi em Ahmadabad.

 Agradeço à Índia por oferecer inspiração para tais aprendizados.

*Fotos de Maurício Andrés Ribeiro e de arquivo.


VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

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