terça-feira, 17 de novembro de 2015

II JORNADA DE ESTUDOS INDIANOS

A II Jornada de Estudos Indianos aconteceu em Belo Horizonte, na UFMG, com o intuito de congregar interessados nos diálogos científicos e culturais entre Brasil e Índia.
Aconteceu discretamente, sem grandes alardes da mídia, apresentando uma forma positiva de incentivar a nossa aproximação com aquele país asiático. A Índia continua sendo uma fonte inesgotável de conhecimentos e propostas para um mundo melhor.
Fui convidada a participar dessa Jornada com uma exposição de trabalhos sobre a Índia, realizados desde a década de 1970, e meu livro Oriente – Ocidente – integração de culturas foi apresentado numa mesa em forma de livro de artista. Ao mesmo tempo, um vídeo projetado na parede mostrava minhas andanças pela Índia. Foram 45 anos de trabalho visando essa aproximação que agora está acontecendo.
A curadoria da mostra coube à Marília Andrés Ribeiro e ao Paulo Baeta, a coordenação da Jornada coube ao Roberto Luís Monte-Mor, diretor do Centro de Estudos Indianos da UFMG. A exposição foi uma parceria do Instituto Maria Helena Andrés (IMHA) com o Centro de Estudos Indianos (CEI).
Assisti, no dia 11 de novembro, à palestra de meu filho Maurício Andrés Ribeiro. Ele apresentou uma visão panorâmica da evolução e o itinerário do ser humano sobre o planeta, desde a época dos primeiros habitantes até os dias de hoje. A proposta de aprofundar o conhecimento sobre a evolução da consciência nos revelou com extrema clareza uma visão positiva neste mundo conturbado por guerras e tragédias.
Para essa mesa redonda sobre a Evolução da Consciência Humana, vieram Deepti  Tewari Puri e Ariamani, duas representantes da Índia, radicadas em Auroville, no sul da Índia.  Ali existe, desde a década de 1960, uma comunidade que foi considerada pela Unesco como um exemplo para o futuro da humanidade.
Na década de 1970 ali estive conhecendo os vários departamentos, todos eles dedicados ao desenvolvimento da consciência, por meio dos recursos mais abrangentes de educação pela arte. Há uma preocupação constante em fazer a criança se desenvolver através do exercício de suas potencialidades.
Auroville é um exemplo que continua dando certo, regido pelas ideias de Sri Aurobindo, grande mestre indiano, que abriu uma perspectiva para o nosso futuro. Professores vindos da Europa e das Américas visitam aquela comunidade que se baseia na Yoga Integral, onde a arte e a espiritualidade estão sempre presentes, junto com a ciência, a ecologia e o esporte. A presença das duas representantes de Auroville foi muito importante para se compreender a dimensão do trabalho de internacionalização da UFMG, incentivando diálogos científicos e culturais dos brasileiros com os países do Oriente.
Acrescento aqui alguns textos sobre Sri Aurobindo recolhidos do meu livro Encontro com Mestres no Oriente.
“O Yoga Integral de Sri Aurobindo é a união de todos os caminhos: Bhakti (devoção), Karma (trabalho), Jnãna (sabedoria) e Raja (meditação).”
“Sri Aurobindo, em suas meditações, previu a queda dos mitos e a unidade planetária em níveis espirituais. O Supramental desceria sobre a humanidade do futuro, colocando os seres humanos diretamente ligados ao Cosmos. Uma educação baseada no despertar da criatividade e nas tendências naturais da criança possibilitaria maior receptividade para a descida dessa luz, que Aurobindo percebeu em seus momentos de meditação.”
*Fotos de Maurício Andrés e Marília Andrés
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.


Um comentário: