A II Jornada de Estudos Indianos
aconteceu em Belo Horizonte, na UFMG, com o intuito de congregar interessados
nos diálogos científicos e culturais entre Brasil e Índia.
Aconteceu discretamente, sem grandes
alardes da mídia, apresentando uma forma positiva de incentivar a nossa
aproximação com aquele país asiático. A Índia continua sendo uma fonte
inesgotável de conhecimentos e propostas para um mundo melhor.
Fui convidada a participar dessa Jornada
com uma exposição de trabalhos sobre a Índia, realizados desde a década de 1970,
e meu livro Oriente – Ocidente –
integração de culturas foi apresentado numa mesa em forma de livro de
artista. Ao mesmo tempo, um vídeo projetado na parede mostrava minhas andanças
pela Índia. Foram 45 anos de trabalho visando essa aproximação que agora está
acontecendo.
A curadoria da mostra coube à Marília
Andrés Ribeiro e ao Paulo Baeta, a coordenação da Jornada coube ao Roberto Luís
Monte-Mor, diretor do Centro de Estudos Indianos da UFMG. A exposição foi uma
parceria do Instituto Maria Helena Andrés (IMHA) com o Centro de Estudos
Indianos (CEI).
Assisti, no dia 11 de novembro, à
palestra de meu filho Maurício Andrés Ribeiro. Ele apresentou uma visão
panorâmica da evolução e o itinerário do ser humano sobre o planeta, desde a
época dos primeiros habitantes até os dias de hoje. A proposta de aprofundar o
conhecimento sobre a evolução da consciência nos revelou com extrema clareza
uma visão positiva neste mundo conturbado por guerras e tragédias.
Para essa mesa redonda sobre a Evolução da Consciência Humana, vieram Deepti Tewari Puri e Ariamani, duas representantes
da Índia, radicadas em Auroville, no sul da Índia. Ali existe, desde a década de 1960, uma comunidade
que foi considerada pela Unesco como um exemplo para o futuro da humanidade.
Na década de 1970 ali estive conhecendo
os vários departamentos, todos eles dedicados ao desenvolvimento da
consciência, por meio dos recursos mais abrangentes de educação pela arte. Há
uma preocupação constante em fazer a criança se desenvolver através do
exercício de suas potencialidades.
Auroville é um exemplo que continua
dando certo, regido pelas ideias de Sri Aurobindo, grande mestre indiano, que
abriu uma perspectiva para o nosso futuro. Professores vindos da Europa e das
Américas visitam aquela comunidade que se baseia na Yoga Integral, onde a arte
e a espiritualidade estão sempre presentes, junto com a ciência, a ecologia e o
esporte. A presença das duas representantes de Auroville foi muito importante
para se compreender a dimensão do trabalho de internacionalização da UFMG,
incentivando diálogos científicos e culturais dos brasileiros com os países do
Oriente.
Acrescento aqui alguns textos sobre Sri
Aurobindo recolhidos do meu livro Encontro com Mestres no Oriente.
“O Yoga Integral de Sri Aurobindo é a
união de todos os caminhos: Bhakti (devoção), Karma (trabalho), Jnãna
(sabedoria) e Raja (meditação).”
“Sri Aurobindo, em suas meditações,
previu a queda dos mitos e a unidade planetária em níveis espirituais. O
Supramental desceria sobre a humanidade do futuro, colocando os seres humanos
diretamente ligados ao Cosmos. Uma educação baseada no despertar da
criatividade e nas tendências naturais da criança possibilitaria maior
receptividade para a descida dessa luz, que Aurobindo percebeu em seus momentos
de meditação.”
*Fotos de Maurício Andrés e Marília
Andrés
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E
VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
Ficou ótimo!!! Parabéns!!! Marilia
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