“Os caminhos da arte são os caminhos da
vida, porque arte e vida não se separam”. (Maria Helena Andrés)
“Na
viagem de Maria Helena aos Estados Unidos, na década de 1960, o primeiro toque
gestual Zen aparece em seus desenhos, refletindo um movimento mundial iniciado
naquela época. A viagem do Beatles à Índia influenciou jovens de várias partes
do mundo a voltarem o olhar para aquele país, iniciando um processo cultural de
integração Oriente/Ocidente marcante na segunda metade do século XX.
Na
mesma década, Maria Helena reflete na sua fase de Guerra a situação política do Brasil. Esta fase reflete o aspecto
destrutivo com uma intensa força de expressão que surgia contra as ações de
repressão e violência impostas pelos governantes militares.
“Meus quadros desta fase significaram uma denúncia à opressão e ao medo”.
Maria
Helena realizou várias viagens à Índia. A fase Mandalas, na década de 1980, reflete o processo de busca do seu
próprio universo interno, a intensificação da leitura de pensadores orientais,
e o contato direto com a fonte dessas filosofias, nos diferentes centros
espiritualistas daquele país.
A afinidade com as ideias de Jiddu Krishnamurti e a ênfase dada por ele à educação a marcaram significativamente. A partir daí sua trajetória como arte educadora se intensificou, e de volta ao Brasil encontrava terreno fértil na Universidade Holística Internacional de Brasília, onde se cultiva a visão holística e onde ela era sempre convidada por Pierre Weil a ministrar workshops. Ali a integração arte/espiritualidade é uma constante.”
Encontro das Dimensões com Fridjof Capra, na Universidade Holística Internacional de Brasília.
Da esquerda para a direita: Ubiratan D'Ambrosio, José Lutzemberger, Maria Helena Andrés,
Mércia Crema, Fritjof Capra, Pierre Weil, Harbas lal Arora, Ken O'Donnell, Sra H. Arora
e Roberto Crema.
Acompanhei
minha mãe em várias de suas viagens à Índia. O turismo fazia parte do nosso
roteiro, mas a estadia em vários ashrams
(centros espiritualistas) era sempre a nossa prioridade. São locais onde se
cultiva o estudo, o silêncio, a contemplação, o respeito por todos os seres, a
simplicidade e a arte estendida à vida.
A
pandemia tem nos afastado dos compromissos sociais, do excesso em consumo, em
viagens, e tem nos aproximado da natureza, do cotidiano de vida interior. A
vivência em ashrams, naquelas
viagens, com certeza nos fortaleceu e nos preparou para vivenciarmos com maior
aceitação e serenidade o momento presente.
Desde 1980, Maria Helena reside num condomínio no município de Brumadinho, próximo a Belo Horizonte. O contato com a natureza e a prática de Yoga, que fazem parte do seu dia a dia, com certeza tem proporcionado momentos favoráveis à continuidade de suas atividades como artista, e como escritora até os dias de hoje.
Obs: A Trajetória Artística elaborada no projeto do
IMHA para a Lei Aldir Blanc, estará disponível no site do Instituto a partir de
março de 2021. "
FOTOS DE ARQUIVO
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário