Recebi de João Diniz o texto abaixo, afetuoso e poético, que muito me
emocionou. Tenho para com o João, arquiteto e multiartista , uma grande admiração. Na última quarta feira a
sua live “Transarquitetura” nos deu uma dimensão da versatilidade e da
qualidade de suas realizações. Algumas podem ser vistas nas fotos enviadas. O excelente
vídeo “Color Sonata para Maria Helena Andrés” está no Youtube.
“Foi no início dos anos 80 que entrei em contato com os Andrés. Eu já
conhecia a importância do trabalho cultural de Maria Helena como pintora,
pensadora e educadora, e sabia também que ela era a mãe de uma turma talentosa
que eu já admirava.
Primeiro conheci o Arthur, de quem fui colega na Fundação de Educação
Artística em BH, onde fiz aulas de teoria musical num semestre sabático em que
eu aguardava para ingressar na escola de arquitetura da UFMG.
Depois foi o Maurício, colega arquiteto, companheiro de aventuras
profissionais e editoriais nas revistas Vão Livre e Pampulha, onde escrevemos
artigos em parceria, e que é, desde então, um interlocutor sábio em questões de
arquitetura, ecologia, meio ambiente e espiritualidades.
Nessa época fiz também aulas de yoga com a Eliana e essas práticas me
acompanham até hoje em ações e pensamentos ligados ao equilíbrio
corpo-espírito e a outras consciências ligadas à alimentação e à não
violência.
Com Ivana colaborei como fotografo, ajudando na divulgação de exposições.
Nela admirei a polivalência da artista visual, poeta, atriz e cantora; o que me
confirmou as possibilidades interdisciplinares da arte, o
que, desde aquela época, já me interessava.
Com Euler me interessam conversas em torno de sua experiência no campo,
com forte pegada ambiental, um exemplo pragmático complementar às minhas
reflexões, às vezes teóricas, sobre agricultura e ecologia.
E finalmente Marília, a irmã que conheci por último, e com quem não foi
menor a afinidade. São muitos os assuntos em comum: história, artes visuais,
micro políticas, dentre outros. Marília me ajudou, com sua visão precisa, em
textos críticos e curadoria nas exposições ‘Trama’ e ‘Typos Extraños’ que fiz
em BH; além das edições de dois livros que publiquei pela editora C/Arte da
qual foi fundadora e diretora. Mais recentemente, ela me convidou para a
diretoria do IMHA: Instituto Maria Helena Andrés o que aceitei de pronto,
entendendo que essa seria uma boa oportunidade para estar por perto dessa turma
serena e criativa.
O convívio com esses irmãos e irmãs frequentemente me aproxima de Maria
Helena, a grande mãe. Ela, com todo respeito merecido por sua trajetória
artística e longeva sabedoria, sempre me dedica calorosa atenção e
estímulos, se mostrando constantemente interessada em minhas ações, e estando
frequentemente pronta a fazer comentários positivos, me incentivando a avançar
em ações ligadas à arte e cultura. Ela me dedicou espontaneamente um importante
texto sobre a exposição ‘Trama’ que fiz na galeria da Asa de Papel em BH.
Tudo isso sem falar da jovem geração de netos que vem chegando, e já
mostrando competência em suas áreas de atuação. A estes tenho especial
admiração por Elena e Roberto, como arquitetos; e por Alexandre como
músico.
Chego a esse distanciado ano de 2021 junto com os Andrés trabalhando no
projeto de diálogos virtuais incentivados pela lei Aldir Blanc, onde, a cada
encontro remoto, vamos apresentando realizações e ideias, e juntando mais
pessoas interessadas na arte, cultura, natureza e amizade.
Sou grato por essas vivências que me confirmam a possibilidade da
existência de uma grande família que congrega pessoas ligadas por laços
sanguíneos a outros parceiros afins, num propósito comum de produzir
afetuosamente o belo, o saudável e o justo.” (Depoimento de João Diniz)
Para maiores informações sobre João
Diniz:
http://www.joaodiniz.com.br
http://joaodiniz.wordpress.com/
http://www.youtube.com/joaodiniz
*FOTOS DE ARQUIVO
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS
E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
Belo depoimento !
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