Recebi de Célia Laborne, escritora, jornalista e poeta, o texto abaixo, publicado por ocasião da minha participação no Fórum Global da Rio-92. Célia Laborne é uma grande amiga e ex-colega da Escola Guignard, integrante da primeira turma que estudou e conviveu com o próprio mestre Guignard.
“A artista Maria Helena Andrés
acompanhou boa parte do Fórum Global da Rio-92 e agora, nos dá o seu depoimento
sobre o que viu através da grande sensibilidade que a caracteriza. Ela pôde
perceber que estamos vivendo uma época de integração e síntese, o que foi
sentido por todos os participantes da Eco que reuniu grandes nomes do poder,
tentando resolver a crise mundial do momento: a destruição do planeta Terra,
pela ignorância do próprio homem.
Enquanto os governantes discutiam no
Riocentro os destinos do mundo, no Aterro da Glória muitos assistiam ao
encontro de várias tendências sociais e espirituais do ser humano buscando,
antes de tudo, a consciência da unidade. Todos já compreendem que a crise é
global, portanto, interessa a homens, mulheres e crianças de todas as raças e
nacionalidades. Aliás, as crianças estiveram muito presentes e deram valiosos
recados, diz a artista.
A ilusão da separatividade e o egoísmo,
causadores da desordem a que chegamos, cederam lugar, no Rio, à compreensão da
nossa unidade com a natureza, com todos os seres vivos e com o universo. Velhos
conceitos mentais foram caindo pela própria força integradora do atual processo
do mundo em mutação.
Segundo Maria Helena Andrés, foram
distribuídos folhetos com a declaração do “Sagrado Encontro da Terra”, com
dizeres assim: “Acreditamos que o Universo é sagrado porque é Uno. Acreditamos
na santidade e integridade da Vida”. No Palácio Tiradentes, diz ela, na
cerimônia dedicada à imprensa, jornalistas do mundo inteiro participaram do
encontro das religiões. Cada um transmitia as mensagens em sua própria língua,
pois havia tradutores para o inglês, francês, alemão, espanhol, etc. Todos
viram que é necessário que a mensagem de paz e de busca da unidade seja
divulgada por todos os cantos da Terra. O encontro ecológico da Rio 92 não
permitiu que se traçassem limites, diz a artista. A terra é una, pertence ao
Universo, e era preciso celebrar esta unidade com amor e respeito.
O encontro das várias religiões permitiu que cantassem todos juntos a celebração de Deus Uno, onipotente e onipresente. Foram derrubadas as barreiras erguidas pelos donos da verdade. A mesma energia criadora e transformadora estava presente em cada um."
(Célia Laborne, Estado de
Minas, Belo Horizonte, 16 de junho de
1992.)
*FOTOS DA INTERNET
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