segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

NOVOS CAMINHOS DA TERRA I

 Recebi de Célia Laborne, escritora, jornalista e poeta, o texto abaixo, publicado por ocasião da minha participação no Fórum Global da Rio-92. Célia Laborne é uma grande amiga e ex-colega da Escola Guignard, integrante da primeira turma que estudou e conviveu com o próprio  mestre Guignard.

 

         “A artista Maria Helena Andrés acompanhou boa parte do Fórum Global da Rio-92 e agora, nos dá o seu depoimento sobre o que viu através da grande sensibilidade que a caracteriza. Ela pôde perceber que estamos vivendo uma época de integração e síntese, o que foi sentido por todos os participantes da Eco que reuniu grandes nomes do poder, tentando resolver a crise mundial do momento: a destruição do planeta Terra, pela ignorância do próprio homem.

 

         Enquanto os governantes discutiam no Riocentro os destinos do mundo, no Aterro da Glória muitos assistiam ao encontro de várias tendências sociais e espirituais do ser humano buscando, antes de tudo, a consciência da unidade. Todos já compreendem que a crise é global, portanto, interessa a homens, mulheres e crianças de todas as raças e nacionalidades. Aliás, as crianças estiveram muito presentes e deram valiosos recados, diz a artista.

 

         A ilusão da separatividade e o egoísmo, causadores da desordem a que chegamos, cederam lugar, no Rio, à compreensão da nossa unidade com a natureza, com todos os seres vivos e com o universo. Velhos conceitos mentais foram caindo pela própria força integradora do atual processo do mundo em mutação.

 

         Segundo Maria Helena Andrés, foram distribuídos folhetos com a declaração do “Sagrado Encontro da Terra”, com dizeres assim: “Acreditamos que o Universo é sagrado porque é Uno. Acreditamos na santidade e integridade da Vida”. No Palácio Tiradentes, diz ela, na cerimônia dedicada à imprensa, jornalistas do mundo inteiro participaram do encontro das religiões. Cada um transmitia as mensagens em sua própria língua, pois havia tradutores para o inglês, francês, alemão, espanhol, etc. Todos viram que é necessário que a mensagem de paz e de busca da unidade seja divulgada por todos os cantos da Terra. O encontro ecológico da Rio 92 não permitiu que se traçassem limites, diz a artista. A terra é una, pertence ao Universo, e era preciso celebrar esta unidade com amor e respeito.

        

O encontro das várias religiões permitiu que cantassem  todos juntos a celebração de Deus Uno, onipotente e onipresente. Foram derrubadas as barreiras erguidas pelos donos da verdade. A mesma energia criadora e transformadora estava presente em cada um."

(Célia Laborne, Estado de Minas, Belo Horizonte, 16 de junho de 1992.)

 

*FOTOS DA INTERNET

 

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