Dando continuidade ao artigo da Célia Laborne sobre a
minha participação na ECO 92, transcrevo o texto abaixo:
“Dalai
Lama, o grande líder espiritual tibetano, conduziu as pessoas à compreensão de
uma tomada de consciência do homem integral deste fim de milênio. Ele disse que
não há necessidade de templos, que o templo é o próprio coração do homem.
“Até o homem que não tem crença nem fé, se
tiver compaixão, estará bem”.
Com a derrubada das ideologias podemos, hoje, chegar a
um estado de maior compaixão, de alegria espontânea, pelo próprio fato de
existir. Compaixão é sentir o outro como parte de nós mesmos, é perceber a vida
de forma global, sem as divisões criadas pelo apego e a necessidade de poder. É
preciso encontrar dentro de nós a inocência das crianças. Atuar dentro desta
energia é uma das propostas do grande encontro, afirmou Maria Helena Andrés.
A voz das crianças foi ouvida em todas as reuniões da
ECO 92. No Fórum Global, elas saudaram a chegada do navio Viking, e no Palácio
Tiradentes, crianças do jardim da infância pediram aos adultos o direito de
viver, de sobreviver nos anos futuros.
Muitos puderam perceber que a fonte da sabedoria
existe dentro de cada um em estado latente, permanece sempre pura e tranquila,
não importa quão variadas possam ser as condições e as circunstâncias criadas
pelos homens.
O corpo e mente poderão desaparecer, diz Maria Helena,
mas a verdadeira essência do ser humano não poderá ser destruída. A caminhada
para esta verdadeira essência reuniu, no Rio de Janeiro, grandes e pequenos,
ricos e pobres. Viemos de uma mesma fonte e a ela vamos todos retornar, homens,
plantas e animais.
O encontro ecológico da Rio 92 transcendeu todas as
reivindicações nacionais, culturais, sociais, políticas e religiosas. Quem
observou com atenção pôde sentir o movimento da vida exigindo, antes de tudo, a
tomada de consciência de que somos uma só família, que a Natureza nos foi dada
como uma benção, visando um beneficio global e não uma fonte de lucro para
poucos.
Concluímos assim que a própria Natureza, agredida e
desrespeitada pela mão do homem, está nos oferecendo agora, como Grande Mãe, a
possibilidade de reconhecimento de nossos erros e a sintonia com os níveis mais
profundos de nossa essência espiritual.” ( Célia Laborne Tavares, Estado de
Minas, Belo Horizonte, 16 de junho de
1992)
*FOTOS DA INTERNET
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