sábado, 9 de janeiro de 2021

NOVOS CAMINHOS DA TERRA II

Dando continuidade ao artigo da Célia Laborne sobre a minha participação na ECO 92, transcrevo o texto abaixo:

 “Dalai Lama, o grande líder espiritual tibetano, conduziu as pessoas à compreensão de uma tomada de consciência do homem integral deste fim de milênio. Ele disse que não há necessidade de templos, que o templo é o próprio coração do homem.

 “Até o homem que não tem crença nem fé, se tiver compaixão, estará bem”.

Com a derrubada das ideologias podemos, hoje, chegar a um estado de maior compaixão, de alegria espontânea, pelo próprio fato de existir. Compaixão é sentir o outro como parte de nós mesmos, é perceber a vida de forma global, sem as divisões criadas pelo apego e a necessidade de poder. É preciso encontrar dentro de nós a inocência das crianças. Atuar dentro desta energia é uma das propostas do grande encontro, afirmou Maria Helena Andrés.

 A voz das crianças foi ouvida em todas as reuniões da ECO 92. No Fórum Global, elas saudaram a chegada do navio Viking, e no Palácio Tiradentes, crianças do jardim da infância pediram aos adultos o direito de viver, de sobreviver nos anos futuros.

 Muitos puderam perceber que a fonte da sabedoria existe dentro de cada um em estado latente, permanece sempre pura e tranquila, não importa quão variadas possam ser as condições e as circunstâncias criadas pelos homens.

 O corpo e mente poderão desaparecer, diz Maria Helena, mas a verdadeira essência do ser humano não poderá ser destruída. A caminhada para esta verdadeira essência reuniu, no Rio de Janeiro, grandes e pequenos, ricos e pobres. Viemos de uma mesma fonte e a ela vamos todos retornar, homens, plantas e animais.

 O encontro ecológico da Rio 92 transcendeu todas as reivindicações nacionais, culturais, sociais, políticas e religiosas. Quem observou com atenção pôde sentir o movimento da vida exigindo, antes de tudo, a tomada de consciência de que somos uma só família, que a Natureza nos foi dada como uma benção, visando um beneficio global e não uma fonte de lucro para poucos.

 Concluímos assim que a própria Natureza, agredida e desrespeitada pela mão do homem, está nos oferecendo agora, como Grande Mãe, a possibilidade de reconhecimento de nossos erros e a sintonia com os níveis mais profundos de nossa essência espiritual.” ( Célia Laborne Tavares, Estado de Minas, Belo Horizonte, 16 de junho de 1992)

 

 *FOTOS DA INTERNET

 VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

 

 

 

 

 

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