Nesta época controvertida em que vivemos, o advento de uma era
espiritual começa a se fazer sentir como uma luz que aponta direções.
Principalmente uma reflexão sobre a Ecologia, se torna prioritária, em relação
a outras formas do saber. Transcrevo abaixo o depoimento de Maurício Andrés
Ribeiro, estudioso de Sri Aurobindo, o grande pensador indiano que, no início
do Século XX, apontou direções para a
evolução da humanidade.
“Nessa grande
transição e mudança de eras em que nos encontramos, nesse estágio terminal da
era cenozoica, a era dos mamíferos, vários pensadores propõem designações para
qual será a próxima era. Entre eles, destaca-se Sri Aurobindo que falou do advento de uma era subjetiva e
de uma era espiritual, movida por indivíduos e que se dissemina na
coletividade: “A vinda da era espiritual
deve ser precedida pelo aparecimento de um número crescente de indivíduos que
não estão mais satisfeitos com a existência intelectual, vital e física do
homem, mas percebem que uma evolução maior é a verdadeira meta da humanidade e
tentam efetuá-la em si mesmos, guiar outros para ela e fazer dela o objetivo
reconhecido da espécie.” Ele falava da
crise da evolução e do ser humano como um ser em transição: “« Uma evolução espiritual, uma evolução da
consciência na Matéria, cuja autoformação está constantemente em
desenvolvimento até a forma revelar o espírito que a habita, é então a chave, o
motivo central e significativo da existência terrena”.
Sobre a
importância do espírito ele observa
que “O destino da raça nesta era de
crises e revolução dependerá muito mais do espírito que somos do que da
maquinaria que usaremos.” E que “Quando
se perde a espiritualidade, perde-se tudo.”
Sri Aurobindo escreveu bastante sobre esse tema. Ainda que ele não se
refira em nenhum momento de sua obra às questões ecológicas, seu pensamento foi
ecologicamente pioneiro pois, dezenas de anos depois de seus escritos, emergem
visões contemporâneas em estreita afinidade com eles nas artes, na
filosofia, e em campos emergentes das ciências tais como na ecologia
espiritual, na ecologia integral, na ecologia transpessoal, na ecologia
cósmica, na espiritualidade integral, na inteligência espiritual. Essas ainda
não são visões dominantes no mundo atual, mas são como sementes que germinam aqui
e ali e que podem vir a ocupar o lugar das visões hegemônicas que ainda hoje
prevalecem.
Para Sri Aurobindo, “O primeiro e mais baixo uso da Arte é puramente estético; o segundo é intelectual ou educativo; o terceiro e mais alto é espiritual.”Nas artes plásticas destaca-se a visão e a prática da arte abstrata que buscava a essência para além das aparências, de Kandinsky, que escreveu o livro " Do espiritual na arte" e da vanguarda russa.” (Depoimento de Maurício Andrés Ribeiro)
*Fotos de arquivo
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