domingo, 12 de maio de 2019

GIOVANI FANTAUZZI, ARTISTA E ARTESÃO


“A exposição de Giovani Fantauzzi, no Museu de Congonhas, nos leva a fazer elos com o barroco mineiro.
Giovani molda o ferro com as mãos, assim como os artistas e artesãos da colônia portuguesa esculpiam a pedra e entalhavam a madeira. Há uma ideia que se concretiza nas mãos do artista/artesão, transformando-se em figuras de santos, anjos e profetas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, ou em esculturas musicais de Giovani Fantauzzi. Em ambos, o pensamento e o fazer artístico criam formas sinuosas, elegantes e ascendentes que buscam um diálogo entre o céu e a terra.
Nas esculturas de Giovani esse diálogo acontece com a presença da luz e da sombra, configurando imagens musicais que dançam no espaço. As formas elegantes e sinuosas projetadas no chão e nas paredes do jardim de esculturas apresentam uma coreografia que dialoga com o cenário dos profetas de Aleijadinho, no adro do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas.
Mas, na igreja barroca a relação entre o público e as imagens é permeada pela fé, a religiosidade e a contemplação dos objetos devocionais, levando o fiel à relação espiritual com a entidade transcendental. Já no jardim de esculturas do artista contemporâneo, o expectador/participante envolve-se num jogo lúdico e sensorial com os objetos e as imagens projetadas. Este jogo forma desenhos construtivos, e toma diferentes configurações a partir do movimento do participante dentro da obra.
As perspectivas mudam, e o artista/artesão transforma-se no propositor de uma obra aberta à participação do público, em sintonia com a proposta interativa do Museu de Congonhas, que busca conduzir o visitante a “uma experiência de fruição estética, sensorial e intelectual”.
Marília Andrés Ribeiro
GIOVANI FANTAUZZI

Caminhei pela exposição
De Giovani Fantauzzi
Seguindo o roteiro de
Marília Andrés e
Sérgio Rodrigo Reis.
Ambos nos deram
Uma visão clara
Da obra de Giovani.
Perceber o todo,
Sentir a presença
Do expectador nas
Pessoas que passavam
E nas crianças que
Se entusiasmaram
Brincando com as esculturas
Entrando dentro delas.
Sua obra possibilita
A participação do espectador.
Na espontaneidade
Do menino que brincou
Com uma escultura
Gigante, nas sombras
Que as peças esculturais
Projetavam na parede
E criavam desenhos e
Luzes.
 Participar é
Sentir e ver a escultura
Com o corpo todo, entrando
Dentro dela, brincando de
Esconde - esconde, escorregando
Nas rampas.
Giovani soube
Sentir de perto o
Público jovem que
Percorre uma exposição
E a transforma no lúdico
Na brincadeira.
Maria Helena Andrés


*Fotos de Marília Andrés e Maria Helena Andrés.

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