“A
exposição de Giovani Fantauzzi, no Museu de Congonhas, nos leva a fazer elos
com o barroco mineiro.
Giovani
molda o ferro com as mãos, assim como os artistas e artesãos da colônia
portuguesa esculpiam a pedra e entalhavam a madeira. Há uma ideia que se
concretiza nas mãos do artista/artesão, transformando-se em figuras de santos,
anjos e profetas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, ou em esculturas
musicais de Giovani Fantauzzi. Em ambos, o pensamento e o fazer artístico criam
formas sinuosas, elegantes e ascendentes que buscam um diálogo entre o céu e a
terra.
Nas
esculturas de Giovani esse diálogo acontece com a presença da luz e da sombra, configurando
imagens musicais que dançam no espaço. As formas elegantes e sinuosas
projetadas no chão e nas paredes do jardim de esculturas apresentam uma
coreografia que dialoga com o cenário dos profetas de Aleijadinho, no adro do
Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas.
Mas,
na igreja barroca a relação entre o público e as imagens é permeada pela fé, a religiosidade
e a contemplação dos objetos devocionais, levando o fiel à relação espiritual com
a entidade transcendental. Já no jardim de esculturas do artista contemporâneo,
o expectador/participante envolve-se num jogo lúdico e sensorial com os objetos
e as imagens projetadas. Este jogo forma desenhos construtivos, e toma diferentes configurações a partir do movimento do
participante dentro da obra.
As
perspectivas mudam, e o artista/artesão transforma-se no propositor de uma obra
aberta à participação do público, em sintonia com a proposta interativa do
Museu de Congonhas, que busca conduzir o visitante a “uma experiência de
fruição estética, sensorial e intelectual”.
Marília Andrés Ribeiro
GIOVANI
FANTAUZZI
Caminhei
pela exposição
De Giovani
Fantauzzi
Seguindo o
roteiro de
Marília
Andrés e
Sérgio
Rodrigo Reis.
Ambos nos
deram
Uma visão
clara
Da obra de
Giovani.
Perceber o
todo,
Sentir a
presença
Do
expectador nas
Pessoas que
passavam
E nas
crianças que
Se
entusiasmaram
Brincando
com as esculturas
Entrando
dentro delas.
Sua obra
possibilita
A
participação do espectador.
Na
espontaneidade
Do menino
que brincou
Com uma
escultura
Gigante, nas
sombras
Que as peças
esculturais
Projetavam
na parede
E criavam
desenhos e
Luzes.
Participar é
Sentir e ver
a escultura
Com o corpo
todo, entrando
Dentro dela,
brincando de
Esconde -
esconde, escorregando
Nas rampas.
Giovani soube
Sentir de
perto o
Público
jovem que
Percorre uma
exposição
E a
transforma no lúdico
Na
brincadeira.
Maria Helena Andrés
*Fotos de
Marília Andrés e Maria Helena Andrés.
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