Quando as diversas formas de arte se encontram,
acelera-se o processo de criação. Assim foi no passado, assim está sendo no
presente. Neste encontro feliz de artes plásticas, música, arquitetura e
poesia, podemos situar o múltiplo artista, artesão, poeta e arquiteto João
Diniz.
Conheci João quando ele era criança e morava no meu
condomínio no Retiro das Pedras. Sua mãe era minha companheira no Coral Domus
Áurea, cuja maestrina e orientadora de música era Ângela Pinto Coelho. João
estava sempre atento ao chamado da música e aos apelos da arquitetura.
Desconstruir música e arquitetura para reuni-las
numa só proposta, foi o chamado do interior deste poeta das artes.
A palavra antes contida em livros , desdobra-se para
o espaço e se transforma em caixas com poemas em letras vazadas. Cores e formas
continuam a se manifestar em arquiteturas, onde a marca do pintor, poeta e
escultor continua a aparecer.
A música, geradora e maestrina de todas as artes,
sintoniza sons eletrônicos e ritmos tribais.
João Diniz não para. Caminha sempre para a frente,
em ritmo acelerado, incorporando o pensamento e a emoção de forma nova,
inesperada.
João é amigo da família e vem sempre em nossa casa.
Segue abaixo um texto de Marília Andrés sobre este artista:
“A Asa de Papel Café & Arte tem o prazer de
apresentar as pesquisas do arquiteto João Diniz no campo das artes visuais com
a série Trama. Esta se desdobra em
colagens, objetos e esculturas, que se intercomunicam através do movimento experimental
inserido num processo estruturante.
Uma trama pode ser uma rede comunicante,
envolvendo o espectador/participante numa obra aberta como as Reticuláceas da artista venezuelana Gego. Pode ser um projeto
utópico, racional, estruturado, como o projeto do Monumento à Terceira Internacional do artista/arquiteto russo Vladimir
Tatlin. Mas, uma trama pode se transformar em um processo que se inicia com os
projetos bidimensionais para uma torre utópica, se desdobra nos objetos
tridimensionais de madeira e se concretiza nas esculturas de aço de João Diniz.
O depoimento do artista nos revela o significado das obras a
partir de seu pensamento:
"TRAMA são investigações através de esculturas, objetos e
colagens sobre a linha no espaço, ou a linha como vetor rígido, que em
combinações tridimensionais, propõe geometrias poliédricas gerando espaços e
volumes num diálogo com a arquitetura, a engenharia e as artes visuais.
Nessas composições, as articulações matemáticas que promovem a estabilidade das estruturas construídas se opõem à manipulação gestual e intuitiva das dimensões dos componentes, gerando resultados ao mesmo tempo racionais e orgânicos." (Depoimento de João Diniz, janeiro de 2018)
Nessas composições, as articulações matemáticas que promovem a estabilidade das estruturas construídas se opõem à manipulação gestual e intuitiva das dimensões dos componentes, gerando resultados ao mesmo tempo racionais e orgânicos." (Depoimento de João Diniz, janeiro de 2018)
Mais uma vez o artista multimídia João Diniz
nos surpreende com novas criações poéticas, no momento focalizando o trabalho
com as artes visuais."
*Fotos de Fred Pinheiro, João Diniz, Marília Andrés e Raquel Miranda.
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