Hoje vou escrever um texto sobre Marcelo Xavier, um grande amigo
que frequenta a Asa de Papel. Está sempre alegre, comunicativo, disposto a
ajudar as pessoas. É artista, de múltiplas facetas, trabalha com livros infantis
a partir de ilustrações feitas com massas coloridas. As crianças adoram ouvir
histórias daquele artista que, sentado em
sua cadeira de rodas, se torna também uma criança, da mesma altura
delas. Anda pelas ruas da cidade, no
meio do trânsito, sempre sorrindo, feliz. Antes de ser cadeirante, descobriu a
arte.
“É formado em Publicidade pela PUC Minas e artista
plástico autodidata. Já fez muitas coisas na vida. Ilustrou livros, criou e
realizou inúmeros projetos gráficos, produziu e dirigiu programas para a
televisão, trabalhou em publicidade, com cenografias, figurinos e adereços para
espetáculos de teatro, música, dança, carnaval e programas de TV.
São palavras dele: “Num belo dia de 1986, uma bola
de massinha caiu do céu e me atingiu em cheio. Misturei-me a ela e saímos
rolando pelo mundo das histórias infantis, das ilustrações tridimensionais e
exposições. Essa bola cresceu e, hoje, rola pelo Brasil em oficinas de
modelagem e, fora do país, nas traduções de alguns títulos em inglês, espanhol
e japonês. Entre suas obras estão “Tem
de tudo nesta rua“, “Asa de papel”, “TOT”, “Se criança governasse o
mundo”, que tornaram-se bastante conhecidas do público e receberam importantes premiações.”
Olho com grande admiração este artista possuidor de
tantos prêmios. Marcelo Xavier, em seus
textos de muita criatividade, nos conduz ao seu mundo de forma positiva.
“Foi num domingo, rodando em minha cadeira de rodas,
por ruas vazias do bairro , que percebi estar ali o transporte do futuro, a
solução para o insuportável trânsito nas cidades, enfim – silencioso, limpo,
econômico e numa escala humana.
Enquanto o motorista de um carro sai arrastando pela
cidade um monte de aço, de combustível
caro e espaço ocioso, envolto pela irritante trilha sonora do motor e uma nuvem
de gases poluentes, a cadeira motorizada desliza silenciosamente, a uma
velocidade segura por locais em que transitam pessoas de todas as idades e
condições de locomoção.”
“Sou, sim, um
otimista incorrigível
Um bem-humorado irritante.
Como assim? Esse cara que não
Anda, portador de uma doença
Degenerativa sem cura, rindo
Desse jeito?
Sinto decepcioná-los, queridos
Pessimistas, mal-humorados
E fatalistas à minha volta.”
“Todo mundo cabe no mundo” é o título de um bloco
carnavalesco criado por ele, que atrai as pessoas pela sua proposta de contemplar
a inclusão e a diversidade.”
(Postagem com
trechos do livro “A estranha”, de Marcelo Xavier)
*Fotos da internet
VISITE TAMBÉM O MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”,
CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário