Nos meus painéis, o conteúdo teria de ficar
presente. Para cada painel realizei uma série de estudos. Desenhos em lápis,
caneta, pastel e aquarelas.
Eles foram as sementes de um painel. São rabiscos
com tinta de tinteiro ou de caneta BIC. Canetas preciosas que servem para tudo,
até para assinar cheque.
Canetas azuis ou pretas
Escolho a que está na bolsa
E vou rabiscando
Até que os desenhos apareçam.
Eles chegam como as nuvens
Vão surgindo devagar.
Se não rabiscamos
Eles vão embora.
Tenho sementes de vários quadros
Painéis e tapeçarias
De grandes dimensões.
Elas nascem
Do pequeno
Do desenho rabiscado.
Assim como nascem
As palavras
De um poema
De um artigo
De uma tese
De um discurso
De uma carta.
As idéias vão surgindo
Na ponta da caneta.
Hoje existem canetas de nanquim
Nada de perder tempo molhando
As peninhas
Nos vidros de nanquim
Vindos da França.
São pequeninas
(como as linhas ficavam suaves...)
As peninhas “jilots” não existem mais
Foram condenadas
Ao esquecimento.
Mas produziram desenhos que hoje
Valem ouro.
Naquela época
Não valiam nada.
Eram apenas
Uma diversão
Para ocupar o tempo
Enquanto as crianças
Dormiam.
Hoje não existem mais
Acabaram
Viraram peça de museu.
*Fotos de arquivo
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”,
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