“Paralelamente aos happenings e à arte de denúncia,
começaram a surgir manifestações
coletivas abertas à participação do público.
Iniciativas como Arte na Rua, proposta por Hélio
Oiticica, e Arte Pública no Aterro, organizada por Frederico Morais e Oiticica,
abriram espaço para qualquer pessoa se expressar criativamente. No Museu de
Arte Moderna do Rio de Janeiro, manifestações de arte coletiva emergiam
incentivadas pela mídia.
Os Domingos de Criação eram uma festa de arte, onde
todos podiam colaborar.
Um novo sentimento poético emergia do povo, as
manifestações coletivas levavam à
descoberta de novos valores. A denúncia cedeu lugar ao prazer de criar e
compartilhar. Havia a necessidade de usar a criatividade para buscar a paz,
numa sociedade conturbada pela violência.
A partir da década de 1990 a arte se dirigiu para
uma comunicação mais alegre com o povo. Espetáculos circenses foram realizados
nas ruas, com a participação do espectador. Grupos também se reuniram nas
praças, celebrando as danças circulares pela paz universal.
Essas manifestações coletivas buscavam, antes de
tudo, unir as pessoas dentro de um clima de solidariedade e confraternização. A
arte nas ruas veio trazer o lúdico ao transeunte apressado das grandes cidades,
em momentos de descontração oferecidos gratuitamente.” (trecho do meu livro “Os
Caminhos da Arte”)
No século XXI surgiram os eventos denominados “flash
mobs”. São ações inusitadas que congregam toda a população presente e que
acontecem em geral em terminais rodoviários e estações centrais de cidades em
vários países ao redor do mundo.
O flash mob durante a Jornada Mundial da Juventude
no Rio, realizado na praia de Copacabana foi considerado um dos maiores do
mundo.
Em 2014, em Bangladesh, grupos de dança se
apresentaram nas ruas, formando rodas, sob aplausos da população.
Em 2009, na Union Square, Nova York, os Elfos Doidos
se apresentaram em público durante o Natal, uniformizados.
A dança continua a unir as pessoas e a fazê-las
participar de eventos criativos.
O flash mob na Estação Central em Estocolmo foi um tributo a Michael Jackson, pouco depois de sua
morte.
Por ocasião da inauguração do Circuito Cultural da
Praça da Liberdade em Belo Horizonte, um flash mob levou dançarinos e público a
cantarem juntos a música “O que é, o que é” de Gonzaguinha.
Essas danças de rua, que acontecem simultaneamente
em várias partes do mundo, com a participação da comunidade, são criadas por
grupos de jovens dançarinos e movimentam toda uma população em torno da arte.
Podem ser consideradas como arte política, cuja
finalidade é romper os condicionamentos e despertar o lúdico, mudando os
valores de uma sociedade massificada e repetitiva.
*Fotos da internet
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olá maria helena andrés. pode-se usar seu texto em escola? com devido crédito, claro! agradeço retorno.
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