Um grupo de jovens se reuniu em torno de uma idéia: formar um espaço onde outros jovens pudessem criar e ampliar seu campo de atividades artísticas dentro da arte contemporânea. O lugar escolhido foi um galpão de 3 andares situado na Avenida Canadá, 203, a 20 km de Belo Horizonte. O JA.CA tem à frente a artista plástica e comunicadora Francisca Caporali, recentemente vinda dos EUA,onde fez mestrado em Fine Arts MFA, na Hunter College.
A proposta inicial ganhou forma. O galpão escolhido pertencia ao jovem Pedro Mendes, galerista com grande sucesso em São Paulo e Los Angeles. O JA.CA seria o pólo criador de experiências artísticas, um lugar distante do movimento da cidade, no alto das montanhas de Minas Gerais. O Jardim Canadá está sendo procurado por artistas, galeristas, escolas de dança e escola de circo. Há um movimento em torno da formação do “Caminho das Artes”, uma estrada de arte que se prolongaria até Inhotim, ponto de referência da arte contemporânea internacional. O JA.CA seria o exercício preliminar dessa arte contemporânea, que dá espaço para imaginações jovens abertas ao novo. Vários projetos surgiram. Nos critérios de seleção foram priorizados projetos que tivessem relação com o entorno, arquitetura e comunidade. O JA.CA oferece também um espaço de troca, discussão e reflexão sobre novos caminhos para a criação artística.
Propostas dos artistas selecionados:
Isabela Prado propõe um diálogo com o público através do uso de materiais do cotidiano e explora a relação do corpo com os objetos, por meio de performances, instalações e videos.
Pedro Veneroso usa a fotografia, luz e som, dentro da proposta Art, performance, light and photography, trabalhando também com a interface entre as pessoas e máquinas.
Roberto Rolim Andrés e Fernanda Regaldo fizeram a proposta “Quintal Canadá”, que consiste em questionar a relação da comunidade com a paisagem.
Paulo Nazareth propõe, em seu projeto o plantio de árvores frutíferas em perímetro urbano e flores silvestres em jardins públicos.
Pedro Mota propõe uma intervenção LandArt de fazer interferências em lotes vagos que lidam com a exportação do nosso minério para a China.
O Grupo Passo composto por Aruan Mattos e Flávia Regaldo, propõe para o JA.CA esculturas cinéticas, a exemplo do que fez no Arraial da Boa Morte.
À inauguração do espaço compareceram artistas, cinegrafistas, arquitetos, poetas, um grupo interessado na formação da Arte Contemporânea.
* Fotos: Xandro e Marcelo Coelho
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