A linha do tempo me ajudou a ver mais claramente os caminhos por onde passei, em ordem cronológica. Para realizar essa cronologia Eliana Andrés pesquisou documentos antigos guardados nas gavetas da memória. Abriu pastas e papéis amarelecidos e até os desenhos das artistas de cinema apareceram, documentando a minha adolescência de 14 anos. Desde então, meu caminho estava traçado.
Vídeos foram editados, depoimentos de vida, o refúgio nas montanhas, passarinhos cantando. Terra, água, fogo, ar e éter registraram minha passagem por caminhos diversificados. O passado foi surgindo no meio de livros, documentos, falas. Surgiu devagar, realizado com muito amor e paciência. As pessoas paravam para ver os livros e as minhas viagens à Índia filmadas por Maurício Andrés em 2007 e editadas por Cecília Fernandes, com produção de Ivana Andrés e imagens de Luciano Luppi.
Tudo se tornou interessante e vivo, porque foi um registro de experiências. A linha contínua foi sempre lembrada: “Partir de um ponto e voltar ao ponto inicial”.
Na arte e na vida as coisas se assemelham. No momento, faço releituras do que foi feito, na década de 50, o construtivismo, na década de 60 o gestual. O construtivismo gerou esculturas geométricas, o gestual gerou esculturas orgânicas. O caminho foi registrado de forma clara.
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