segunda-feira, 12 de julho de 2021

ALEIJADINHO

 

Há alguns anos atrás, estando em Brasília, visitamos na  Galeria da Caixa Econômica Federal,  a mostra “O Aleijadinho”, que representa o apogeu do barroco Brasileiro. Penetramos num ambiente escuro e, na penumbra apenas iluminada por pequenas lâmpadas, reconhecemos o recolhimento das igrejas barrocas de Minas Gerais.

Altares recobertos de ouro e pátina revelam a nossa história, povoada de lutas e conquistas em busca das riquezas minerais de Minas.



Ali está expresso uma pequena amostra do que foi o nosso passado de escavações e buscas em torno do ouro.

O “Ciclo do ouro” como foi denominada esta fase da exploração de nossas riquezas, nos deixou como legado a obra de grandes artistas, arquitetos, pintores, escultores, poetas.

A ênfase desta mostra está na obra do Aleijadinho, comparada por Germain Basin com outro gênio da pintura e escultura, que foi Miguel Ângelo.





Abaixo transcrevo um texto que faz esta comparação.

Germain  Basin, curador chefe  do Museu do Louvre, compara Aleijadinho a Miguel Ângelo, dizendo que são artistas da mesma estirpe,porém extemporâneos (viveram em épocas distintas), sendo enquadrados na categoria de gênios da humanidade.

O Aleijadinho ultrapassou as fronteiras de Minas para um reconhecimento internacional.

O barroco teve início em São Paulo, mas foi nas Alterosas de Minas Gerais que pudemos descortinar um Novo Mundo, criado por um gênio.

Estas palavras, do catálogo da mostra, nos introduzem às obras do Aleijadinho.

Esta trajetória de glória nos é mostrada na citação abaixo :

“Este mundo novo criado por um gênio, ungido pela glória de Nossa Senhora, para que criasse uma verdadeira Cidade Divina aqui na terra, entre os mortais, demonstrando que todo o desenvolvimento obtido até então na trajetória da Arte Barroca Brasileira seria superado pela beleza, perfeição e graça da obra do Mestre Aleijadinho, cravada, não só na pedra, mas de modo indelével nos templos de Sabará, São João Del Rey, Tiradentes, Congonhas do Campo, Mariana e Ouro Preto, mostrando ao Brasil e ao Mundo a presença divina entre nós.”

Com estas palavras introdutórias iniciamos nossa visita ao Barroco Brasileiro, tendo como carro chefe o Barroco Mineiro, com seus santos de devoção, seus altares e os santos de andor, conduzidos pelos devotos. Debaixo da penumbra da exposição recordamos toda a beleza da arte de Minas Gerais e fomos levados à lembrança dos Inconfidentes.




A exposição do Aleijadinho, considerado o apogeu da arte Barroca no Brasil, vai nos mostrando também um pouco de Minas Gerais, terra do minério, das riquezas naturais e também da luta pela liberdade.

A Basílica de Nossa Senhora da Piedade em Caeté, onde tenho dois painéis em azulejo, possui na sua nave central uma impressionante imagem de Pietá de autoria do Aleijadinho. 


*FOTOS DA INTERNET

VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG "MEMÓRIAS E VIAGENS", CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário