segunda-feira, 28 de outubro de 2019

CAMINHOS DO JAZZ


Quando as diversas formas de arte se encontram, aceleram o processo de criação. Há um potencial de sinergia que se projeta à distância pelo simples fato de ouvir e participar de  um poema, um drama, uma pintura, uma música.

Esta ressonância fomos encontrar no livro de Paulo Vilara intitulado Jazz! Interpretações. Pequenas histórias de fúria, dor e alegria. Percorrendo as páginas do livro, percorro também os bairros de New York, principalmente o Greenwich Village, situado junto à praça George Washington.

Nesta praça, o visitante é recebido por senhoras de idade, que indicam caminhos e hotéis aos turistas. Não cobram nada e fazem tudo com muita cordialidade.

O Village Vanguard é o ponto de encontro de intelectuais e artistas, lugar onde poetas e músicos se manifestam. Revejo estes pontos criativos em várias partes do mundo, em Paris no Café de Flore, em New York no Village Vanguard e em Belo Horizonte na Asa de Papel
.
Paulo Vilara é grande apreciador de jazz, seu livro alcança com precisão as reuniões musicais, investiga comportamentos e ultrapassa a realidade com o poder da imaginação. Seus textos são situações imaginárias que dariam um belo roteiro de teatro.

O livro de Vilara descreve com tanta precisão um cenário, que dificilmente acreditamos ser pura ficção. Ao som do jazz toda uma história de vida é recontada e os artistas negros ganham um status internacional que ultrapassa as desavenças, os preconceitos e as discriminações. Eles são realmente arautos de um povo oprimido e o conseguem, não através dos discursos, mas da música. Esta música envolvente transpõe distâncias e a voz de Billie Holiday e Ella Fitzgerald nos chega aos ouvidos e continuará viva através dos tempos.

Coube a um escritor de Minas Gerais a aventura de percorrer cenários, situações, vivências à distância, seguindo sua própria intuição e criatividade. Paulo Vilara é poeta, pesquisador, cineasta e escritor de qualidade, realiza no seu trabalho uma síntese das artes, importante para testemunhar a época em que vivemos. A imaginação do poeta pode atingir a lua e as estrelas, aterrissar em New York ou Paris, sem precisar dos cansativos vôos internacionais.

Parabéns a Paulo Vilara, seu caminho já está aberto, vá em frente!

*Fotos  da internet

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