segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

ARTE E CRIATIVIDADE II


A arte expressa o que o homem tem de pessoal, mas também o que ele tem de universal. E é justamente dentro desta universalidade que a comunicação se faz mais veemente, universalidade que não compreende apenas uma geração, mas a totalidade de gerações presentes, passadas e futuras.

Por exemplo, não vivemos na Idade Média e no entanto nos comovemos com as catedrais medievais. Não estamos no ciclo do ouro em Minas Gerais, e até hoje a arte barroca nos sensibiliza.

A arte mexicana, a arte do Peru, feitas por índios inteiramente desligados do contato com a civilização ocidental, despertam em nós admiração por um passado glorioso, essencialmente criador.

Há, portanto, elementos universais na obra de arte, que comunicam às outras gerações a linguagem artística.

Esta linguagem parte do subjetivo para o objetivo, do particular para o universal.
Mesmo em nossa época de constante mecanização da vida, ainda conservamos a liberdade de sentir e pensar individualmente, mesmo que estes pensamentos não se ajustem às nossas ações.

Nos Estados Unidos, Andy Warhol usou propositalmente processos mecânicos para se expressar. Evitou qualquer contato com a tela a ser pintada. Dizia ele: “somos ensinados a pensar pelos meios de comunicação, comemos os mesmos alimentos manufaturados, nossas roupas vêm em tamanhos padrões, o individualismo desaparece cada vez mais.” E prossegue: “o motivo de estar pintando dessa maneira é porque quero também ser como uma máquina, mas, seria terrível se todos o mundo fosse igual”.
Mesmo Warhol, reconhecendo sua mecanização, a quer individual. Seria realmente terrível se todo mundo as padronizasse . É justamente a oposição dos contrários que totaliza uma civilização. Daí  brotam novos caminhos, novas ideias.

Aos estímulos do meio, cada indivíduo reage a seu modo. Vivemos numa mesma cidade, assistimos aos mesmos programas de TV, lemos os mesmos jornais. Mas nossas reações diante do que nos é proposto de fora diferem de acordo com nossa personalidade.

Quando sentimos e pensamos, somos livres, quando agimos, nem sempre somos livres.
Para isso, basta lembrar que somos diferentes uns dos outros, não só física, como psicologicamente. E é justamente atendendo a estas diferenças individuais, que teremos sempre formas variadas de expressão artística.

*Fotos da internet

VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.


Nenhum comentário:

Postar um comentário