A arte expressa o que o homem tem de pessoal, mas
também o que ele tem de universal. E é justamente dentro desta universalidade
que a comunicação se faz mais veemente, universalidade que não compreende
apenas uma geração, mas a totalidade de gerações presentes, passadas e futuras.
Por exemplo, não vivemos na Idade Média e no entanto
nos comovemos com as catedrais medievais. Não estamos no ciclo do ouro em Minas
Gerais, e até hoje a arte barroca nos sensibiliza.
A arte mexicana, a arte do Peru, feitas por índios
inteiramente desligados do contato com a civilização ocidental, despertam em
nós admiração por um passado glorioso, essencialmente criador.
Há, portanto, elementos universais na obra de arte,
que comunicam às outras gerações a linguagem artística.
Esta linguagem parte do subjetivo para o objetivo,
do particular para o universal.
Mesmo em nossa época de constante mecanização da
vida, ainda conservamos a liberdade de sentir e pensar individualmente, mesmo
que estes pensamentos não se ajustem às nossas ações.
Nos Estados Unidos, Andy Warhol usou propositalmente
processos mecânicos para se expressar. Evitou qualquer contato com a tela a ser
pintada. Dizia ele: “somos ensinados a pensar pelos meios de comunicação,
comemos os mesmos alimentos manufaturados, nossas roupas vêm em tamanhos
padrões, o individualismo desaparece cada vez mais.” E prossegue: “o motivo de
estar pintando dessa maneira é porque quero também ser como uma máquina, mas,
seria terrível se todos o mundo fosse igual”.
Mesmo Warhol, reconhecendo sua mecanização, a quer
individual. Seria realmente terrível se todo mundo as padronizasse . É
justamente a oposição dos contrários que totaliza uma civilização. Daí brotam novos caminhos, novas ideias.
Aos estímulos do meio, cada indivíduo reage a seu
modo. Vivemos numa mesma cidade, assistimos aos mesmos programas de TV, lemos
os mesmos jornais. Mas nossas reações diante do que nos é proposto de fora diferem
de acordo com nossa personalidade.
Quando sentimos e pensamos, somos livres, quando
agimos, nem sempre somos livres.
Para isso, basta lembrar que somos diferentes uns
dos outros, não só física, como psicologicamente. E é justamente atendendo a
estas diferenças individuais, que teremos sempre formas variadas de expressão
artística.
*Fotos da internet
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