A grandeza do homem e sua necessidade de superar
limitações, está impressa nas obras de arte que o passado nos trouxe, muitas
vezes de artistas desconhecidos.
Artistas anônimos construíram as catedrais da
Idade Média, o esplendor dos templos orientais, a monumentalidade da escultura
mexicana. Tentando alcançar a realidade além da existência finita, mãos humanas
se dedicaram ao trabalho de esculpir, gravar e erigir templos aos seus deuses e
ídolos.
O trabalho artístico aproximava-os da divindade, purificando-os da
existência terrestre com suas contradições e sofrimentos.
Procuramos nos concentrar no ato de modelar.
Experimentamos com as mãos o contato com a terra, a argila de onde todos nós
viemos.
O contato com a argila é forma de integrar corpo,
emoções e mente, e a modelagem é usada
muitas vezes como forma de terapia.
O próprio ato de amassar o barro, nos traz um estado
de harmonia e paz, uma religação com a terra da qual fazemos parte. A modelagem
é forma de reeducar os sentidos, afim de perceber o universo de forma direta,
sem as interpretações, opiniões e conclusões da mente.
O que nos impede de sentir o mundo que nos cerca é o
constante movimento da mente em torno de nossos pequenos problemas pessoais, de
nossos condicionamentos.
Enxergamos através do conceito, da imagem mental que
temos das coisas. Estamos sempre procurando palavras para traduzir o que
sentimos. Raramente escutamos o que os outros falam, porque vivemos ligados ao
nosso próprio ego, às nossas emoções e ao intelecto.
Estamos em diálogo constante e ininterrupto conosco
mesmos, com nossos conceitos, conhecimentos, leituras, considerações, memórias.
O passado está sempre interferindo no presente, e o
presente torna-se passado, sem que o tenhamos vivido. Viver plenamente é ver,
escutar e sentir cada instante de forma total e não fragmentada. O despertar sensorial
aumenta a percepção da realidade, do aqui e agora, aquietando os pensamentos e
tensões.
*Fotos da internet
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