Sob o impulso dos artistas realmente
criadores, tais como Van Gogh, Gauguin e Cezanne, as primeiras descobertas dos
impressionistas sofreram transformações que iriam levá-las a novas pesquisas e
tendências.
Lançaram
as primeiras sementes do expressionismo, fovismo e cubismo.
O caminho da arte moderna estava
aberto.
Os expressionistas herdeiros de Van
Gogh e do norueguês Edward Munch interpretavam a natureza à base de sentimentos
e não de sensações visuais, como fizeram seus antecessores, os impressionistas.
Procuravam trazer à tona uma realidade mais profunda e autêntica, escondida no
mistério da personalidade humana.
O expressionismo surgiu no começo do
século e teve sua expansão máxima na Alemanha, vencida e humilhada pela
Primeira Grande Guerra. Ali se desenvolveu tanto nas artes plásticas como na
música, na literatura, no cinema e no teatro. Para esse clima de expansão
expressionista vários fatores contribuíram inclusive a filosofia do super-homem
de Nietzsche, a psicanálise de Freud e o misticismo existencialista de
Kierkegaard. O conceito do belo expressivo foi levado às suas últimas conseqüências
e a arte negra e a dos povos primitivos tomadas como exemplo de criação livre e
espontânea.
O mundo das vivências íntimas ganhou
com o expressionismo, proclamando através da arte uma realidade até então
desconhecida.
Ao contrário dos impressionistas, que
tinham uma visão bastante otimista e lírica do exterior, os expressionistas,
justamente por não se preocuparem em reproduzir cenas, mas sentimentos
profundos, eram trágicos e violentos deformadores da figura.
Segundo Carlos Cavalcanti, "a
deformação é a excessiva intervenção do sentimento na imagem, para ajustá-la às
necessidades de expressão do artista. Torna-se portanto a característica mais
geral da pintura expressionista."
O expressionista, traduzindo em seus
quadros um momento de tensão emocional, não poderia prender-se a problemas de
ordem intelectual ou princípios tradicionais de estética. Afastava-se às vezes
por completo da natureza na busca veemente de uma expressão subjetiva.
Essa corrente marcou violentamente o
destino de grandes artistas e tem se renovado sob aspectos diferentes através
do tempo. (Trecho do meu livro “Vivência e Arte”, editora Agir, 1966)
*Fotos
da internet
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