Na Índia, ao longo da
estrada, as casas são pobres e o povo se aglomera para ver o ônibus passar.
Vendem pulseiras, colares e leques rendados.
Indianos mais velhos carregam os
colchões para frente das casas e deitam-se à beira da estrada. Procuro um lugar
distante de todos e deixo a paisagem desfilar diante de meus olhos. O verde dos
campos faz-me recordar outros verdes; a luz do sol é a mesma que ilumina o
Brasil tão longe.
A paisagem chega a se assemelhar às fazendas mineiras
trabalhadas à enxada. Sinto saudades das montanhas que não vejo.
Os arredores
de Nova Déli e Agra são planos sem acidentes geográficos; parecem mais o norte
de Minas junto à Bahia.
As montanhas existem, lá longe, no norte da Índia. Não
posso vê-las, mas imagino-as cobertas de neve como os Andes que eu vi em um dia
e nunca mais me esqueci. Lá no alto, os yoguis pedem paz e pureza para o mundo.
Afastam-se da sociedade recolhendo-se ao abrigo das montanhas, mas no silêncio
da meditação procuram também o contato com o mundo, suas percepções tornam-se
mais sutis. Embora pareçam alienados da convivência humana, são justamente eles
que mais penetram da existência real.
A meditação permite ao homem libertar sua
mente de ideias preconcebidas, colocando-o em contato com o Eu Real que habita
em nós, aquele que responde por nossas ideias mais claras. “Quem sou eu?” é a
pergunta dos seguidores de Ramana Maharishi, o sábio silencioso da montanha
Arunachala.
Lembro-me dos livros do jornalista inglês Paul Bruton e de suas
viagens ao oriente. Através do seu livro
“A Índia Secreta”, muita gente
tem se encontrado.
O desenvolvimento interior do homem, de suas potencialidades
espirituais, possibilita uma comunicação com nosso semelhante de forma direta,
sem auxílio da palavra.
*Fotos de Maria Helena
Andrés e da internet
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