segunda-feira, 24 de julho de 2017

FORO ÍNTIMO, UM FILME DE RICARDO MEHEDFF

O drama
Se desenrola
Com poucas palavras.
Cinema é imagem
Em movimento.
É luz e sombra
É expressão facial
É respiração.
O juiz procura
Um médico.
O coração bate.
São noites de insônia.
Tudo isto vai sendo passado
Na tela.
É a vida
Daquele que vai
Julgar,
Que vai decidir o
Destino de alguém.
Vou descobrindo o drama
Através das imagens.
Isto me faz lembrar
O cinema mudo.
As lentes do cineasta
Vão descobrindo
Formas geométricas
No telhado.
Depois vem a luz.
Há o passo vagaroso
Em busca de mais luz
Um corredor à frente a percorrer.
É preciso julgar.
(E como é difícil julgar)
Todo julgamento é difícil
Penoso.
O filme nos mostra
Sem diálogos
Sem palavras
Apenas com a intensidade
Da música
A intensidade da sombra
A intensidade da luz
O drama da vida.
Muitas vezes somos juízes.
(eu detesto fazer parte de júri)
Escolher o melhor quadro
Gera conflitos, ansiedades
Que não existiam antes.
É a melhor forma de
Ganhar inimigos.
Este juiz está me fazendo recordar
As vezes em que tive de julgar em Salões.
Fiquei ansiosa no cinema
Mas este filme
Consegue comover o espectador
Porque é direto, sem artifícios.
Não tem cenários espetaculares
Nem recursos extraordinários.
Ele retrata a vida
E a vida é direta e simples.
A vida pertence a todos nós.

*Fotos de Ricardo Mehedff


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