segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PELAS VEREDAS DE SI V

 Dando continuidade ao depoimento de Artur Andrés sobre os pensamentos de Gurdjieff, transcrevo o texto abaixo:

“A sua vida, exatamente como ela é – neste emprego, nesta
família, neste contexto social – é a condição ideal para que você possa
se trabalhar. Ninguém precisa ir para uma caverna para atingir a
iluminação. Tudo no mundo pode ser material de aprendizado. A
grande questão é desenvolver uma atitude generosa perante a vida, uma
aceitação plena em relação ao próximo. E é apenas ao trabalhar sobre
si, aceitando suas próprias contradições, que alguém se torna capaz de
exercer isso em relação ao outro. Senão, ocorre o que vemos o tempo
todo: o sujeito lê mil livros, faz isso e aquilo, mas está sempre julgando
as outras pessoas. De novo, a palavra é aceitação. É esse o desafio, e é para dar conta
dele que estamos aqui."

O filósofo Friedrich Nietzsche dizia que uma espécie de oração de cada
pessoa ao iniciar o dia deveria ser um pensamento do tipo “Hoje vou
dar alegria a alguém”.

Uma oração que sempre acompanhava Gurdjieff, foi lida por ocasião da sua morte: “Que Deus e todos os seus anjos nos preservem de fazer o mal, ajudando-nos sempre e em toda parte a nos lembrarmos de nós mesmos”.

Gurdjieff dizia:
"Um de meus maiores aprendizados foi reconhecer que há muita coisa
a ser feita e que, sem um trabalho constante sobre eu mesmo, não terei
chance alguma de ajudar nesse processo. Foi compreender que liberdade
não significa fazer apenas o que é mais cômodo, o que me dá mais prazer,
mas que liberdade é aprender a fazer o que deve ser feito. Uma pessoa virtuosa é aquela que se dá conta de sua própria nulidade, de que, na verdade, não sabe nada. É alguém que, a partir dessa visão, desse não saber, permanece aberto a aprender. Acredito que a busca do silêncio interno seja uma das grandes metas
do trabalho interior. Somente quando estamos apoiados nessa condição de
um maior equilíbrio interno é que podemos, pouco a pouco, aprender
realmente a ouvir, a ver, a sentir. A habilidade de tocar um instrumento, de
fazer música e, ainda, de ouvi-la, depende essencialmente dessa busca."

Segundo Gurdjieff: “O silêncio não é a ausência de sons, mas a
ausência do ego".

Site:
www.gurdjieff.org.br
CDs:
Cantos e Ritmos do Oriente (Gurdjieff/de Hartmann), de Artur Andrés,
Mauro Rodrigues e Regina Amaral (Sonhos e Sons)
Hinos, Preces e Ritos (Gurdjieff/de Hartmann), de Artur Andrés e Regina
Amaral (Sonhos e Sons)

Minhas reflexões após a leitura dos textos de Gurdjieff:
Esquecer as coisas é um fato. Todo ser humano esquece. Será falta de memória ou falta de atenção? Os yogues falam muito sobre a atenção no agora. Prestar atenção nos acontecimentos e como eles nos atingem interna e externamente. Não atuar mecanicamente, mas estar atento a tudo. Não pensar, ver.
Vou observando as minhas distrações, tomo consciência delas. Depois vou observando outros distraídos e tento me consolar com isto. Ser distraído é não estar presente, não viver o momento, estar com a cabeça no passado ou no futuro.

*Fotos de Maria Helena Andrés e da internet

VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG, “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA





Nenhum comentário:

Postar um comentário