Recebi de Maurício Andrés Ribeiro o texto
abaixo:
Aurobindo afirma que os estados-nação e a
democracia dos direitos não constituem o último estágio da evolução política da
humanidade. Ele assim define ‘Dharmacracia’: “Já se disse que a democracia é
baseada nos direitos do homem; respondeu-se que ela deveria basear-se nos
deveres do homem; mas tanto direitos como deveres são idéias européias. Dharma
é a concepção indiana na qual direitos e deveres perdem o antagonismo
artificial criado por uma visão do mundo que faz do egoísmo a raiz da ação, e
restabelece sua profunda e eterna unidade. Dharma é a base da democracia que a
Ásia deve reconhecer, porque nisso está a distinção entre a alma da Ásia e a
alma da Europa. Por meio do Dharma a evolução asiática se realiza, ele é o seu
sagrado.
A dharmacracia integra a ética à política e articula as relações políticas aos padrões de conduta e comportamento individuais, fazendo uma ponte entre o psicológico e o social. Uma democracia será ‘dharmacrática’ quando complementar a visão dos direitos humanos com padrões aceitáveis de cuidado na relação com a natureza e na vida individual e social. Para que esse ideal se realize, é necessário transformar os valores e a energia dominantes que orientam as motivações e as ações de políticos, cientistas, formadores de opinião, assim como promover a educação para os valores humanos, em direção a uma ética ecológica, com padrões de consumo material e a estilos de vida que permitam o florescimento da civilização sustentável.
É preciso realizar um esforço de compreensão transcultural para se promover uma real aproximação entre os conceitos e visões de mundo das civilizações orientais e ocidentais. Numa visão prospectiva, é preciso que os filósofos, pensadores, cientistas políticos e os próprios políticos abram sua visão de mundo para outro repertório, para além das limitações do pensamento fragmentado. Um pensamento prospectivo e livre pode oferecer pistas para superar e transcender os impasses civilizatórios contemporâneos, que levam a guerras e destruições.
A dharmacracia integra a ética à política e articula as relações políticas aos padrões de conduta e comportamento individuais, fazendo uma ponte entre o psicológico e o social. Uma democracia será ‘dharmacrática’ quando complementar a visão dos direitos humanos com padrões aceitáveis de cuidado na relação com a natureza e na vida individual e social. Para que esse ideal se realize, é necessário transformar os valores e a energia dominantes que orientam as motivações e as ações de políticos, cientistas, formadores de opinião, assim como promover a educação para os valores humanos, em direção a uma ética ecológica, com padrões de consumo material e a estilos de vida que permitam o florescimento da civilização sustentável.
É preciso realizar um esforço de compreensão transcultural para se promover uma real aproximação entre os conceitos e visões de mundo das civilizações orientais e ocidentais. Numa visão prospectiva, é preciso que os filósofos, pensadores, cientistas políticos e os próprios políticos abram sua visão de mundo para outro repertório, para além das limitações do pensamento fragmentado. Um pensamento prospectivo e livre pode oferecer pistas para superar e transcender os impasses civilizatórios contemporâneos, que levam a guerras e destruições.
Maurício Andrés Ribeiro é ex-pesquisador
visitante no Instituto Indiano de Administração de Bangalore, autor de
Ecologizar- pensando o ambiente humano, de Tesouros da Índia para a civilização
sustentável e de Ecologizando a cidade e o planeta.
mandrib@uol.com.br / WWW.ecologizar.com.br
mandrib@uol.com.br / WWW.ecologizar.com.br
*Fotos
de arquivo
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