Recebi de Maurício Andrés
Ribeiro, o texto abaixo sobre o grande pensador holístico Pierre Weil.
“Pierre Weil era um conhecido
professor da UFMG e psicólogo. Ele morava no Retiro das Pedras, fora presidente
do condomínio e tentara implantar ali uma comunidade com sentido
holístico.
Um
dos números da revista Análise e Conjuntura da Fundação João Pinheiro, de
maio/agosto de 1988, traz um conjunto de textos sobre o Federalismo mundial,
entre eles um artigo de Pierre Weil sobre “ A origem da fragmentação e suas
soluções”. Naquele artigo ele dizia que “Quanto ao federalismo mundial, sou um
dos que lutou e luta por ele. Sempre lutei por essas ideias. Mas aos poucos me
dei conta de que isso era muito superficial.”
Ele já se dirigia, então , para o campo da ecologia interior e conta
que, em dúvida entre se associar a um movimento pacifista ou evoluir em seu
próprio autoconhecimento, optou por fazer um retiro de três anos na Europa com
um grande mestre tibetano, aprofundando-se no estudo de suas próprias divisões
e conflitos e na descoberta da natureza da mente.
O
Governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira participou
intensamente do I Congresso Holístico em abril de 1987. Em sua sessão de
encerramento comprometeu-se a criar a Universidade Holística Internacional
proposta por Pierre Weil e pelos organizadores do Congresso. O governador
convidou Pierre para presidir a Fundação Cidade da Paz e este me chamou para
participar da empreitada.
Ele
escreveu que “Estamos aqui, nesta manhã, confirmando Brasília como plataforma
para a eterna busca do homem nos caminhos de seu próprio mistério e do mistério
do universo”. É uma universidade “para estudar o universo, o holos, o todo.
Para construir pontes holísticas entre o saber antigo e a ciência moderna,
entre o Oriente e o Ocidente, com a dúvida e a humildade que são as
colunas-mestras do edifício da sabedoria. ” E prosseguia: “Esta cidade da Paz,
esta Universidade Holística que hoje, aqui, concretizamos, nesta cidade-mãe do
terceiro milênio nacional, nascida dos sonhos, angústias e esperanças dos que
querem rasgar os mistérios do tempo, do homem e do universo, é uma contribuição
fundamental para que Brasília se ponha, diante do saber, como se pôs diante da
história: um salto, um mergulho no amanhã. ” Ele escreveu que “ Essa não é uma
decisão, não é uma providência improvisada. Foi aqui em Brasília que, em março
deste ano, se realizaram o I Congresso Holístico Brasileiro e o Primeiro
Congresso Holístico Internacional, que aprovaram a “Carta de Brasília”, um
documento de conteúdo e valor universal, que nos advertiu para a necessidade de
nos tornarmos contemporâneos de nosso tempo, harmonizando nossa visão do
universo e nosso mundo com a profunda evolução cientifica em marcha, com a nova
epistemologia. ”
À
tarde houve uma celebração musical e artística e o descerramento da placa da
nova destinação da Granja do Ipê, que traz o
preâmbulo do ato constitutivo da UNESCO: “Uma vez que as guerras nascem no
espírito dos homens, é no espírito dos homens que devem ser erguidos os
baluartes da paz.”
Durante
esses anos, minha mãe, Maria Helena Andrés também colaborava com a UNIPAZ.
Ilustrou capas da revista Meta; ofereceu workshops na Unipaz em Brasília,
participou do Encontro das Dimensões, com Lutzemberger e Fritjof Capra. Doou um
grande painel de sua fase cósmica, pintado em Minas e transportado num tubo de
bambu para Brasília, instalado na sala Martin Luther King, na sede da UNIPAZ.
*Fotos
de Maurício Andrés e de arquivo
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