Vivemos
numa época de inquietação resultado do esgotamento de conquistas materiais. O
século XX acelerou de forma violenta o desenvolvimento tecnológico sem um
equivalente no plano espiritual. Procura-se agora no século XXI, por todos os
meios o equilíbrio do homem e seu ajustamento à vida. A psicologia em seu
processo de busca, encontrou na criatividade uma das formas de liberação. Arte
e psicologia estão unidas no dinamismo do século, procurando despertar e
desenvolver a energia criadora do homem. Descobriu-se que a libertação desta
energia promove completa modificação no comportamento humano.
Através da arte os símbolos do inconsciente
afloram, mostrando as raízes das angústias, bloqueios e emoções. Desfazem-se as
máscaras, conscientizam-se fugas e a realidade aparece em sua autenticidade,
sem reservas. Segundo Jung, “um símbolo não traz explicações, impulsiona para
além de si mesmo na direção de um sentido ainda distante, inapreensível, obscuramente
pressentido e que nenhuma palavra de língua falada poderia exprimir de maneira
satisfatória”.
As
pesquisas de Jung no interior do ser humano estendem-se a direções muito vastas
e abrangentes, deixando as artes plásticas campo aberto para uma investigação
cada vez mais consciente.
É
o próprio homem em sua evolução cósmica que se revela em todos os seus
movimentos e transformações. Seu comportamento, gestos e palavras são
manifestações exteriores de uma realidade mais profunda que Jung buscou conscientizar.
A arte foi usada por ele como instrumento desta conscientização, tornando-se
porta aberta para a conquista do “self” ou arquétipo da divindade. Cada momento
criador é um vislumbre desta luz interna que todo ser humano possui,
obscurecida e bloqueada pelos condicionamentos e a multiplicidade de
solicitações do mundo exterior.
Através
do contato direto com esta fonte interna, o ser humano recupera passo a passo a
unidade perdida.
Esta
visão direta, intuitiva do universo é responsável também pela transformação que
se processa no ser humano, ajudando-o a conscientizar seu relacionamento com o
mundo. Compreendendo as relações humanas como um todo, também a vida se torna
uma arte. A vivência da unidade, a captação dos símbolos do inconsciente, a
busca do equilíbrio estendem-se além do objeto criado, modificando e
transformando também o próprio artista.
Compreendendo
isto, podemos dizer que a arte é realmente uma via de aperfeiçoamento humano, e
a consciência desta integração é necessária para a nossa própria harmonização
como seres humanos.
Fotos
da internet
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concordo verdadeiramente que a arte em geral é uma grande aliada, por ser potencialmente transformadora do ser humano e sociedade!
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