O Taj Mahal é conhecido
internacionalmente como o mais belo monumento dedicado ao amor. Uma das
maravilhas do mundo, o Taj Mahal é um grande mausoléu em mármore branco,
construído pelo imperador Shah Jahan em homenagem à sua amada esposa Muntaz Mahal,
falecida em 1630, por ocasião de seu décimo quinto parto. O Taj guarda os
restos mortais do casal. Nele trabalharam artesãos e artífices vindos de várias
regiões do planeta. O arquiteto que planejou o conjunto arquitetônico veio do
Irã e, sob sua orientação trabalharam artesãos vindos da Itália e da França,
que se aliaram aos artistas locais. Sua construção teve início em 1631 e só
ficou completa em 1653. O Taj Mahal representa a Índia, assim como a Torre Eiffel
representa a França.
Shah Jahan tinha a intenção
de construir um segundo Taj Mahal em mármore negro, uma imagem negativa do Taj
branco, onde ele próprio desejava ser sepultado. Antes que ele embarcasse nesta
outra construção, foi deposto por seu filho Aurangzeb. Shah Jahan passou o
resto de sua vida no Forte de Agra, construído defronte ao Taj. Dali podia
contemplar o Taj Mahal, onde estavam sepultados os restos mortais de sua amada esposa.
Um guia à frente indicava o
caminho, contando fatos históricos, mas eu preferia observar sozinha o trabalho
no mármore. Parece incrível que mãos humanas tenham esculpido e vazado a pedra
dura, até transformá-la numa janela de renda! Enxerga-se por entre as frestas,
a paisagem lá fora, os jardins e lagos que circundam o prédio.
De repente um som estranho,
cristalino encheu o recinto. Parecia o coro de muitas vozes, mas era a voz de
um indiano magro, que entoava o canto sagrado dos hindus. A grande torre
circular parecia captar o som e devolve-lo em forma de eco, e o mantra OM, subia
em espiral como uma revoada de pássaros e trombetas tocando. Meus ouvidos
continuaram escutando por muito tempo esse canto e suas vibrações se expandiam
através das janelas de mármore rendado. OM é a palavra sagrada dos yogues, e
segundo acreditam, tem repercussão cósmica. Entoado dentro do Taj Mahal, ele
ressoava com a força de uma orquestra misteriosa, cujos acordes se perdiam no
infinito. A música, de todas as artes, é realmente a que mais emociona. Atinge
imediatamente a alma, provocando adesão instantânea. Sua comunicação é rápida:
sensibiliza e conduz à ação. Desperta no homem o sentimento de amor ou de
violência, de serenidade ou agressividade, de pureza ou erotismo. Ela dá
impulso e faz mover o mundo. A intensidade mística do OM, rompendo o silêncio
do Taj Mahal, colocou-me em contato com a espiritualidade dos yogues. Naquele momento,
percebi claramente o papel da arte como purificadora da humanidade que se
massifica. A música é a forma de expressar a saudade que temos do absoluto. Ela
nos eleva a um plano superior, além das coisas criadas, iluminando-nos com a
pureza dos santos e a alegria das crianças. Devolve-nos o sentimento de Amor
Universal, integrando-nos ao mundo e ao cosmos.
*Fotos de Maurício Andrés e
da internet
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO
BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK
ESTÁ NESTA PÁGINA
Adorei seu blog!
ResponderExcluir