“Rio + 20, Felicidade Interna Bruta.”
Este slogan, lançado ao mundo em 1972 pelo rei do Butão, está agora em pauta e vai
constituir motivo de debate na próxima conferência Rio + 20. Deixar de lado a
preocupação com o lucro e os valores materiais para buscar outros valores, é um
grande passo no caminho da Paz sobre o Planeta Terra. Valorizar o ser humano,
seu bem estar, sua felicidade unida à natureza é o que todos nós pretendemos
neste tumultuoso início do século XXI.
Caminhar para a paz universal é deixar que a felicidade chegue
a todos e não a um pequeno grupo de privilegiados.
O rei do Butão anteviu isto desde 1972, e o colocou em
prática em seu pequeno país, situado nos Himalaias. Quando um repórter veio
entrevistá-lo sobre o PIB de seu país, ele respondeu que este produto interno
bruto (PIB) tão badalado no mundo ocidental, não era prioridade para ele. A
prioridade era a paz e a felicidade para todos os seus súditos.
Hoje, intelectuais, antropólogos e cientistas do mundo
inteiro, inclusive dois Prêmios Nobel, começam a estudar suas idéias, buscando
adapta-las ao nosso ocidente materialista.
Transcrevo abaixo trechos do artigo de Heloísa Helvécia,
publicado no jornal Folha de São Paulo, em 5 de junho:
“A felicidade entrou no debate da Rio + 20. A criação de uma
alternativa ao PIB capaz de medir o bem estar dos países é o “assunto da hora”,
segundo a antropóloga americana Susan Andrews, coordenadora aqui do projeto FIB
(Felicidade Interna Bruta).
Sob patrocínio da ONU, o FIB butanês vem sendo recriado por
um time de intelectuais. O grupo fez um questionário que sonda padrão de vida,
governança, educação, saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, acesso
à cultura, uso do tempo e bem-estar psicológico. No Brasil, o FIB é mais do que
um indicador, segundo Susan. É um catalisador de mudança social que tem o
potencial de unir poder público, empresas e cidadãos para a felicidade de todos.
É pensamento sistêmico na prática, diz a antropóloga graduada em Harvard, que é
também mestre em psicologia e sociologia. E monja.
A monja junta ao currículo o título de embaixadora do FIB no
Brasil, país para o qual ela veio por ocasião da Eco-92- e ficou.
Naquele ano, fundou o Parque ecológico Visão Futuro em
Porangaba, a duas horas de São Paulo. É uma das primeiras ecovilas do país.
Segundo disse Banki-Moon, secretário-geral da ONU, a Rio+ 20
precisa gerar um “novo paradigma” que não dissocie bem-estar social, econômico
e ambiental. Os três, para ele, definem a “felicidade global bruta”.
Susan Andrews acha que a introdução de indicadores mais
sistêmicos já é um movimento mundial. É parte do espírito do tempo.”
Heloisa Oliveira, fotógrafa mineira, muito familiarizada com
o Butão, esteve recentemente naquele país, preparando um filme sobre os
costumes e o modo de viver daquele povo. Heloisa estará participando da Rio +
20 com um depoimento na conferência intitulada “Cúpula dos Povos”. Sua abordagem sobre o FIB é
importante devido ao fato de que a nossa fotógrafa de Minas Gerais esteve várias
vezes no Butão e conheceu pessoalmente o rei daquele país.
*Fotos de Heloisa Oliveira
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