O ashram de Ramana Maharshi, um dos maiores mestres da Índia, foi construído aos pés da montanha de Arunachala, deixando uma área central para as salas de meditação, o templo, as celebrações e os cânticos dos Vedas. As acomodações reservadas aos hóspedes são cabanas com dois quartos, banheiro e varanda. O refeitório fica junto da área central, e quando chegamos já era hora do jantar. Comemos assentados no chão de lajota, arroz muito apimentado servido em folhas costuradas em forma de prato. Usamos a mão direita para comer, segundo antigos costumes da Índia. Ali não existiam garfos nem colheres. Do lado de fora da sala de refeições, um grupo de macacos disputava os pedaços de chapati que sobravam dos pratos. Agarravam-se às grades das janelas e ficavam esperando que sobrasse alguma coisa para eles.
As construções na Índia dão muito valor ao espaço. Há sempre jardins com árvores ladeando os templos, as escolas ou os edifícios públicos.
Recuando para um pequeno muro de pedra podíamos ver o ashram com suas palmeiras, o lago onde os indianos vinham banhar-se e os pavões coloridos, tranquilamente sentados sobre os telhados. As vacas atravessavam as ruas em passos vagarosos, e os carros paravam para deixá-las passar. “Please horn” (por favor, buzine). A buzina também fazia parte do burburinho da Índia. Dentro do ashram, pés descalços, fizemos silêncio. Esse silêncio era necessário para entrarmos em nosso espaço interno.
Os swamis passavam espontaneamente os ensinamentos de Ramana para o visitante. Levaram-me à presença de um swami de 80 anos de idade. Sentei-me em frente a um homem de pele morena e cabelos brancos. Durante uma hora ele não disse uma só palavra, mas a sua Luz irradiava Paz e Sabedoria. O silêncio ensina mais do que as palavras. Os monges trapistas cristãos fazem voto de silêncio e as carmelitas também.
Lembrei-me da mensagem de uma carmelita francesa transmitida em seu pequeno livro intitulado “Os doze graus do Silêncio”:
“A vida interior poderia constituir nesta única palavra : Silêncio”. Essa mensagem me fez refletir sobre a Unidade existente entre os monges cristãos, mergulhados na contemplação e os yogues, recolhidos em meditação. Dentro de nós há uma energia, uma Luz que independe da forma externa. Quando nos ligamos a ela, ou nos perdemos nela, saímos fora do tempo e do espaço. Ela simplesmente existe. A Paz, a Beleza e o Amor, estão dentro e fora de nós.
Ramana estimulava o auto conhecimento e dava como mantra a ser repetido a indagação:
QUEM SOU EU?
Extraído do livro “Encontro com Mestres no Oriente” de Maria Helena Andrés, Editora Luz Azul, BH, 1993
As construções na Índia dão muito valor ao espaço. Há sempre jardins com árvores ladeando os templos, as escolas ou os edifícios públicos.
Recuando para um pequeno muro de pedra podíamos ver o ashram com suas palmeiras, o lago onde os indianos vinham banhar-se e os pavões coloridos, tranquilamente sentados sobre os telhados. As vacas atravessavam as ruas em passos vagarosos, e os carros paravam para deixá-las passar. “Please horn” (por favor, buzine). A buzina também fazia parte do burburinho da Índia. Dentro do ashram, pés descalços, fizemos silêncio. Esse silêncio era necessário para entrarmos em nosso espaço interno.
Os swamis passavam espontaneamente os ensinamentos de Ramana para o visitante. Levaram-me à presença de um swami de 80 anos de idade. Sentei-me em frente a um homem de pele morena e cabelos brancos. Durante uma hora ele não disse uma só palavra, mas a sua Luz irradiava Paz e Sabedoria. O silêncio ensina mais do que as palavras. Os monges trapistas cristãos fazem voto de silêncio e as carmelitas também.
Lembrei-me da mensagem de uma carmelita francesa transmitida em seu pequeno livro intitulado “Os doze graus do Silêncio”:
“A vida interior poderia constituir nesta única palavra : Silêncio”. Essa mensagem me fez refletir sobre a Unidade existente entre os monges cristãos, mergulhados na contemplação e os yogues, recolhidos em meditação. Dentro de nós há uma energia, uma Luz que independe da forma externa. Quando nos ligamos a ela, ou nos perdemos nela, saímos fora do tempo e do espaço. Ela simplesmente existe. A Paz, a Beleza e o Amor, estão dentro e fora de nós.
Ramana estimulava o auto conhecimento e dava como mantra a ser repetido a indagação:
QUEM SOU EU?
Extraído do livro “Encontro com Mestres no Oriente” de Maria Helena Andrés, Editora Luz Azul, BH, 1993
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