domingo, 1 de agosto de 2021

ORQUESTRA 415 DE MÚSICA ANTIGA

 

Recebi de André Salles Coelho o relato abaixo sobre a Orquestra 415, que ele dirige há muitos anos.

“Os séculos XVII e XVIII deram origem a grandes compositores da história da música como Vivaldi, Bach, Telemann, Haendel entre outros, muito conhecidos, porém com grande parte de suas músicas de câmara e orquestra pouco executadas, dada a falta de grupos especializados.

 A Orquestra 415 de Música Antiga foi criada em 2012 com o objetivo de executar as obras desses grandes gênios de uma maneira apropriada, oferecendo ao público um espetáculo único, a primeira iniciativa desse tipo em Minas Gerais e a única do gênero a atuar de maneira independente no Brasil.


O diferencial do grupo está na utilização dos instrumentos: o traverso, a viola da gamba, a flauta doce, o cravo, o violino, o violoncelo barroco, todos réplicas dos instrumentos utilizados na época. Essa particularidade e o requinte na interpretação recriam uma sonoridade especial, muito próxima da que as pessoas daquele tempo ouviam.

 Em seus nove anos de existência, a orquestra vem realizando concertos importantes em diversos palcos de nosso estado com grande repercussão. Isso tem permitido ao grupo manter uma atividade musical regular que promove a constante pesquisa e vivência da música clássica, dando aos músicos a oportunidade de aprimorar seu nível técnico, estilístico e artístico. Oferece também ao público a chance de conhecer a sonoridade daquele período. Uma viagem no tempo. Um momento em que nos transportamos para um lugar vivido pelos compositores e sociedade daquela época. O resultado de tudo isso contribui para a formação de uma plateia mais consciente, mais crítica, mais sábia e mais completa.

 A orquestra tem realizado intercâmbios de conhecimentos com outros grupos de interesse como a dança, o teatro, a literatura, as artes plásticas, etc.

 Desde 2015 a orquestra leva aos palcos temporadas regulares com concertos mensais e um repertório novo a cada concerto, já tendo completado 05 temporadas integrais.

 Durante esses 9 anos de existência a orquestra já realizou:

 81 concertos em 25 diferentes locais, sendo 20 concertos no Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes; 18 no Museu Inimá de Paula; 07 na Sala Juvenal Dias; 06 no Hotel Mercure/Lourdes, entre outros.



Foram executadas mais de 160 peças (muito possivelmente, em sua maioria, estreias nacionais) de 57 diferentes compositores, 4 espetáculos cênico-musicais (A Lira de Shakespeare, Cartas de Monteverdi, Dom Quixote e Vivaldi & Anna e 6 óperas (Les Carnaval de Venice, La Dirindina, Venus e Adônis, Livietta e Tracollo, Le Devin du Village e La Serva Padrona.)


Trabalhou com 6 diferentes regentes (Eduardo Fonseca, Claudio Lage, André Brant, Sérgio Canedo, Augusto Pimenta e Leonardo Cunha);


 4 corais e grupos vocais (AABB, Camerata Lux, Madrigal Scala e Seconda Práticca); 38 diferentes solistas (Ana Roberta Rezende, André Cavazzoti, André Fernando, André Salles-Coelho, Artur Mário Jr, Bárbara Penido, Camila Corrêa, Cláudia Alves, Daiana Melo, Daniel Mussi, Diego d'Almeida, Eduardo Ribeiro, Elmo Sepúlveda, Emanuelle Lima, Ernani Dias, Haendel Cecílio, Iolanda Camilo, Jennifer Imanish, João Gabriel Carvalho, Jordane Moraes, Laila Rodrigues, Lara Tanaka, Leonardo Cunha, Marina de Paula, Matheus França, Marília Nunes, Melina Peixoto, Patrícia Chow, Raissa Brant, Renato Gomes, Robson Lopes, Sarah Lugon, Sérgio Anders, Sérgio Lacerda, Silvia Menez, Thiago Roussin, Wagner Soares e Wolney Garcia);



5 Atores ( Alex Prieto, Fabiane Aguiar, Gustavo Marquizini, Ivana Andrés, Jefferson de Medeiros e Luciano Luppi).

Durante seus nove anos de existência já passaram por seus quadros 94 instrumentistas de 12 diferentes instrumentos que, de uma forma ou de outra aprenderam, estudaram, pesquisaram, vivenciaram e executaram a música antiga de uma maneira profunda e enriquecedora.” (Depoimento de André Salles Coelho)




*FOTOS DE ARQUIVO

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