Eu era vice diretora da Escola Guignard, Pierre Santos era o diretor.
A Escola, situada no Parque Municipal de Belo
Horizonte, sob o Palácio das Artes em construção, não vivia momentos de
prosperidade econômica. Quando chovia, as salas se alagavam.
Passamos, naquela época, por momentos difíceis mas
sempre com a chama do entusiasmo nos conduzindo. Entusiasmo, significa “Deus
dentro” e, realmente, éramos conduzidos por energias superiores.
Um dia, Pierre convocou os professores para anunciar
que a Escola acabaria por falta completa de recursos. Entregou-me a diretoria
com a finalidade de resolver o problema. Levei o maior susto, mas não perdi o
entusiasmo.
Convoquei novamente os professores para uma tomada
de consciência.
- “Vamos em frente!”
Foi quando eu me lembrei dos ex-alunos de Guignard.
Fui à casa de cada um deles para pedir ajuda. Expliquei o que estava
acontecendo.
- “Vocês vão nos ajudar a manter a Escola de pé!”
- “Quem estaria disposto a dar aulas gratuitas, sem receber
nada?”
A turma foi de uma solidariedade muito rápida,
imediata.
- “Estamos prontos para colaborar”.
Sara Ávila, Solange Botelho, Ione Fonseca, Wilde
Lacerda, Lizete Meimberg, entre outros se prontificaram a dar aulas gratuitas
para salvar a Escola.
Foi assim que os artistas ganharam a solidariedade
de seus colegas e professores de arte.
Em seguida, reunindo a equipe de professores, fomos
aos políticos para oficializar a Escola. Recorremos ao Dr.
José Guimarães Alves, diretor da Imprensa Oficial, que imediatamente nos
prometeu ajuda. Ele nos sugeriu anexar a escola à Imprensa Oficial e, por algum
tempo, Dr. Guimarães foi o nosso diretor.
Esses acontecimentos foram fundamentais para o
ressurgimento de uma Escola, que era considerada, desde a sua fundação, como a
melhor Escola de Arte do Brasil, tendo à frente um dos maiores pintores
brasileiros.
Alberto da Veiga Guignard!
*Fotos da internet
VISITE TAMBÉM O MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E
VIAGENS”,CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário