segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

LIVRO SOBRE A ÁGUA III


Dando continuidade ao Livro sobre a água, de autoria de Maurício e Aparecida Andrés, transcrevo o trecho abaixo.

Se na Terra o clima é instável,
o inverno e o verão,
a seca e a estiagem
e a época das chuvas
ficam  muito irregulares.


Tudo isso me perturba.
Sou sensível às mudanças
e às bruscas transformações.


Na história de nosso planeta,
houve períodos mais frios,
longas idades do gelo;
houve períodos mais quentes,
em que o degelo ocorreu.


Sou a resposta principal
de que a natureza se vale,
para reagir ao aquecimento
gerado por ciclos solares
e  gases da atmosfera,
que aumentam o efeito estufa.



O calor muda meu ciclo
e  minha distribuição.
Como já deu pra notar,
tudo  irá depender
do clima e do meio ambiente:
se derreto, se evaporo,
se vou pros rios e mares,
ou se penetro nos solos,
nos corpos dos seres vivos,
se me misturo no ar,
ou  circulo nos oceanos
em correntes  frias  e quentes
que influenciam os climas.


Quanto mais cresce o calor,
mais importante eu sou:
na indústria, na agricultura
em casa, na mesa e nos copos,
 nos corpos dos seres vivos.
 
 Como se pode concluir,
sou uma e também sou muitas:
sólida, líquida, gasosa,
superficial, subterrânea. 

Entre as funções que eu cumpro,
Nenhuma é menos que a outra,
nenhuma é a mais importante.
Todas são essenciais.


Quando se pensa na Terra
de uma forma mais geral,
deve-se lembrar que eu ocupo 
2/3 de sua superfície ;
97%  são mares e oceanos
e 2%  é gelo dos glaciares
ou das regiões polares.


O 1% que sobrou é  água doce;
mas  só um pouquinho dela
pode ser  recolhida e usada
 por ter boa qualidade
e estar em local acessível.



Sendo assim, há que pensar
que se a Terra se aquecer
e fizer muito calor,
o degelo irá causar
estragos por toda parte.


E se fizer muito mais frio,
as águas se congelarão.
E a Terra conhecerá
mais uma era do gelo,
como ocorreu no passado.
Para evitar más surpresas,
terão que ser consideradas
todas as formas  variadas
de minha presença no mundo,
pois meu ciclo é integral.
E quanto à minha importância,
não foi, então, por acaso,
que me entrevendo, tão linda,
na umidade do ar
e no azul dos oceanos,
lá de longe, no espaço,
o astronauta exclamou,
ao vislumbrar o planeta:
- A Terra é azul!

Ilustrações de Maria Helena Andrés

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