segunda-feira, 5 de agosto de 2019

ALGUNS ASPECTOS DO MUTIRÃO CULTURAL DE ENTRE RIOS DE MINAS


Estou sentada em frente à Igreja Nossa Senhora das Brotas em Entre Rios de Minas. O sol ilumina a feira de sábado onde se vende o produto da semana. Contribuímos com o nosso produto. Viemos de BH para colaborar com a cidade neste Mutirão de Artes. Foi uma semana produtiva. A turma daqui é aberta à arte e à cultura, pois sabem que, exercendo a arte, deixando fluir sua própria energia criativa, também estão colaborando para o desenvolvimento da região e do país. 

O IMHA (Instituto Maria Helena Andrés) abriu caminho através de vários projetos. Para esta cidade vieram professores, maestros, orquestras, diretores de teatro, de circo. Entre Rios se encheu de risos e cores. Os cinegrafistas documentaram tudo e hoje o secretário de Cultura está incentivando este Mutirão de Arte. Gosto muito de Mutirões, o resultado é excelente...

Ficamos encarregadas da Oficina de papel, coordenada por Ivana, Sarahy, Marília e eu. Gostei dos trabalhos, lindos, criativos. Fizeram colagens e desenhos individuais e coletivos, bem como esculturas de papel.

Agora, as jovens artistas são também “curadoras” da mostra e organizam ao ar livre a exposição.

Outro grupo de artistas trabalhou com dedicação e entusiasmo nos bordados sobre a cidade. Bordaram as casas de Entre Rios. Um sucesso de solidariedade. Aliás, Mutirão significa solidariedade. Houve entusiasmo na realização e na cooperação da mostra.
Entramos pelo antigo bar Vila Lobo. Lá embaixo no gramado, as crianças, sentadas na grama, soltam bolhas de sabão, conduzidas pela mestra Sarahy. Depois correm pelo gramado atrás das bolhas.

Volto à praça para ver as artistas de ontem colocando hoje seus trabalhos. Armam um varal nas árvores e, ao sabor do vento, os desenhos e colagens são mostrados. 

Um rapaz veio nos cumprimentar.
“Estou conhecendo a senhora. A senhora era cliente do Banco Credireal?”
 Sim, respondi.
“Eu trabalhei no banco, hoje estou na roça. Não troco a roça por nada...”
Fiquei pensando naquele depoimento espontâneo sobre a qualidade de vida de um bancário e de um fazendeiro.

Escutamos o som da capoeira animando a festa. A capoeira é tradicional nas festas brasileiras pois ela canta e dança a alma do brasileiro. Na sua essência, o brasileiro é um ser alegre e comunicativo.

Comes e bebes fazem parte do mutirão, num intercâmbio feliz e prazeroso. Ali se vende o produto da roça: queijo, pães, empadinhas.
Felipe Resende, o secretário de Cultura veio me procurar. Vai dançar a Dança da Mangüara tradicional da região. Foi criada por uma família de Entre Rios e até hoje se apresenta nas festas.

Às 5 horas entramos mais uma vez na biblioteca, agora para assistir à palestra “Patrimônio Cultural: conceitos, políticas e diretrizes” da conservadora do patrimônio, a jovem Mariah Boelsums.

Fotos de Natália França

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