Fui ver a exposição “Urbanas” de Paulo Mendes na Asa de
Papel Café& Arte.
O tema principal de suas pinturas é o aglomerado de pessoas, homens,
mulheres e crianças, o ser humano que palpita e está presente nas grandes
cidades, nos ônibus, nos cafés.Lembra um pouco Montmartre em Paris, quando os
primeiros impressionistas se encontravam para a grande aventura de renovação
das artes.Paulo faz um retorno à figura humana como principal elemento de seus
quadros. As figuras passam a ser motivação para suas composições, sempre nos
tons baixos, sem contrastes.
Elas emergem de um sonho, de uma nuvem cinza, branco, rosa...Sem contar
uma história, elas têm sua vida própria.
Paulo tem uma empresa de construção metálica, situada em Rio Acima, nas
montanhas de Minas. À sua formação técnica como engenheiro, ele soube
acrescentar a sensibilidade do artista plástico.Com grande experiência em
estruturas metálicas, tornou-se apto a construir também esculturas de aço,
tendo realizado com segurança uma obra de minha autoria para a minha casano Retiro das Pedras . A escultura foi colocada no gramado e lá está curtindo a paisagem das montanhas.
Abaixo,segue a
apresentaçãode Marília Andrés para a exposição “Metrô”, que aconteceu em 2018, também
na Asa de Papel Café & Arte:
“Paulo Mendes estreia na cena
artística de Belo Horizonte com a exposição “Metrô” que está em cartaz na
Asa de Papel Café&Arte. Autodidata, o artista, que é também construtor e
músico, apresenta pinturas em acrílica sobre papel,
revelando cenas urbanas que acontecem no interior dos metrôs. Ali se mesclam
pessoas humanas e não humanas, “os porquinhos”, no movimento dos trens que
transitam em alta velocidade.Mas, essas cenas tornam-se cada vez mais
abstratas, revelando o movimento interior que se expressa na emoção do artista.
Como ele fala em seu depoimento, a emoção
está sempre presente no seu processo criativo: “Entro em transe e pinto a
catarse. Jogo a tinta no quadro e surge uma cena explosiva”.Dessa forma, Paulo
Mendes nos mostra uma nova pintura, expressiva, vigorosa e divertida, que
revela a sua maneira de ser no mundo. (Marília Andrés Ribeiro, fevereiro de
2018) ”
Segue também um depoimento do próprio
artista, Paulo Mendes:
“Embora seja um apaixonado pela
natureza é no cotidiano urbano que encontro motivação para minhas pinturas. Em
especial nos metrôs, nas filas de supermercados e em outras situações
rotineiras encontro a matéria prima e a inspiração para meus trabalhos. São
situações diversas compostas de stress, ternura, compaixão, correria, enfim uma
profusão de sensações causadas pelas pessoas no seu dia a dia. Aquilo
que é comum revela-se extremamente rico quando visto com atenção através dos
olhos do observador. Nesse contexto, cenas banais e corriqueiras tornam-se
gigantes e extremamente cheias de significados. Em outras situações, quando
assisto a um espetáculo que envolva música e dança, também percebo o público
como um “coadjuvante”, o que o torna uma figura de grande importância na
composição daquele momento. Por isso introduzi a música e a dança nas cenas
urbanas. Sou um observador contumaz do diálogo entre o artista e o público”.
(Paulo Mendes, março de 2019)
Parabéns Paulo, por sua competência e sua feliz introdução no caminho
das artes visuais.
*Fotos de Fred Pinheiro
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