terça-feira, 7 de novembro de 2017

PINTURA MODERNA II

Vivemos no século da máquina, da indústria, as descobertas científicas tentando dominar as forças do espírito, pela própria força da matéria. Esta preponderância da matéria sobre o espírito marcou pela violência quase toda a arte do nosso tempo.

O século em que se inventaram os campos de concentração, que deu origem a duas guerras implacáveis, em que se descobriu a força destruidora da energia atômica, que usou do progresso material contra todos os direitos da pessoa humana, não mereceu outra ilustração a não ser a Guernica de Picasso.

Mas o homem, que testemunha e sofre a sua própria mecanização, não tem a humildade necessária para reconhecer a verdade da pintura que retrata o seu século.

Estes 90 anos de pintura moderna foram 90 anos de experiência, de independência e liberdade.

Esta sede de criar, de experimentar, de destruir tudo o que ficou para trás, é uma marca do desassossego e da inquietação da civilização moderna, cheia de idéias contraditórias.

Neste clima de liberdade, os verdadeiros artistas tiveram ocasião de se manifestar e dar sua valiosa contribuição à arte. (Trecho do meu livro “Vivência e Arte”, editora Agir, 1966)

*Fotos da internet

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