Este texto do Maurício me fez
contemplar o céu:
‘No passado, essas pedras foram fundo de mares
interiores, conviveram com animais pré-históricos, seus sulcos e ranhuras
testemunham eras geológicas e mais de um bilhão e oitocentos milhões de anos.
Do alto do lendário Itaberabaçú, a montanha que brilha, via-se a destruição ao
longe das matas do rio Doce - Watu para as tribos caeté, botocudo, krenak,
aimoré, que ali viveram e que conheceram a impiedade dos brancos.
Vieram os
caçadores de esmeraldas e de índios, as minas de ouro de Cuiabá e Descoberto,
madeireiros. Bracarena ergueu a igreja em 1776, os romeiros subiam ao cume da
Serra para o jubileu. A névoa encharca as pedras e gotas d’água pingam nos
milagres, aos quais se atribuem poderes de cura.
A serra da Piedade é um monumento na paisagem, de onde
se contempla o Caraça, Cauê, Itabira, o Espinhaço, a Serra do Curral. Hoje, é
lugar de respirar ar.
São 1746 metros de altitude e 360 graus de visão,
nesse grande mirante dos céus de Minas, de onde antenas controlam o tráfego
aéreo e as telecomunicações. Do observatório astronômico,
vê-se a estreita faixa de fogo no horizonte, que separa as luzes da metrópole e
o brilho das estrelas e planetas.
Há uma nave branca pousada na rocha mirando Caeté. O
santuário no cume da serra abriga a imagem da piedade, mãe e filho, azulejos
registram o céu, anjos, mandalas.
Frei Rosário constrói com livros uma biblioteca
mística e ecumênica, em sânscrito, latim, grego e em línguas correntes, onde se
depositam conhecimentos de antigas tradições.
No futuro, a montanha sagrada da Piedade, Arunachala
franciscana, abrigará um centro internacional de cultura cósmica. Ajudará seus
visitantes a mergulharem no conhecimento ancestral e a estudarem a ecologia dos
céus, ressacralizando a natureza em seu entorno.” (Pietá Caeté,
Maurício Andrés Ribeiro)
*Fotos da internet
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