segunda-feira, 19 de outubro de 2015

EXPANSÃO DO ORIENTE, FUSÃO DE CULTURAS

Goa teve o papel de unificar duas civilizações. Navios vinham da China, trazendo coisas fantásticas do extremo oriente; porcelanas chinesas de diferentes tipos, caixas, arcas de madeira, telas elaboradas. Esse comércio aumentou a síntese e a construção de templos promoveu a integração no campo artístico.

 Aludindo a isso, o historiador português Carlos de Azevedo comenta: “Quase todos os retábulos nas igrejas indianas são colocados diante de um fundo decorativo de entalhes ricamente trabalhados, onde a noção do uso do espaço é puramente oriental, o que aumenta o interesse e a originalidade de toda essa arte indo-portuguesa.”

Símbolos hindus foram substituídos por símbolos cristãos, mas as decorações, os arabescos “preenchimento do vazio” mantiveram características orientais.

As manifestações e símbolos artísticos, transcendendo as palavras, capturaram em linha direta a integração de diferentes povos, desvendando sua origem comum, que é a origem do ser humano na Terra.

As ideologias separam os homens porque são conceitos mentais. A mente resiste à invasão de suas verdades pessoais. Mas a verdade é única, indivisível, e brilha sobre tudo como o sol do meio dia, iluminando a Terra como um todo.

Interessa-me, no presente estudo, a documentação da influência indiana na arte portuguesa que, por seu turno, veio ecoar no Brasil alguns anos mais tarde, através do Barroco.
Buscamos nossas origens, nossos pontos de contato com a Índia, como se pudéssemos retomar por meio dos dados históricos e das manifestações artísticas, religiosas e culturais, o caminho das Índias, gerador da energia das grandes descobertas, da intensificação do comércio e do florescimento das artes. (Segunda parte do estudo comparativo apresentado no Seminário em Goa, 1983)

*Fotos da internet


VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário