Residindo longe do eixo Rio – São Paulo onde
aconteciam os eventos, eu me expressava nos anos 50, dentro do construtivismo
de maneira própria. Ia todos os fins de semana para a fazenda do meu sogro em
Entre Rios de Minas. Ali desenhava cenas da vida rural, buscando a
simplificação da figura como uma necessidade interior de disciplina e
concentração. Suprimir detalhes, valorizar a cor chapada pura, sem nuances, era
para mim também uma busca espiritual da essência da forma, síntese espontânea,
intuitiva, conquistada com o exercício constante e ininterrupto do desenho. Os
pequenos desenhos da década de 50 foram guardados em pastas diferentes, de
acordo com o destino que poderiam ter mais tarde, na pintura, na escultura ou
na arte aplicada. Desenhos daquela época estão sendo tridimensionados com o
auxílio do computador pela arquiteta Elena Andrés Valle e depois transformados
em esculturas de ferro, sob a orientação do arquiteto Alen Roscoe. Esta série
de desenhos que denomino de pré- concretista, foi um caminho do figurativo ao
abstrato e está possibilitando, no presente, uma caminhada em direção a outros
espaços.
*Fotos de Euler Andrés e Maria Helena Andrés
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