A
cada dia me surpreendo mais com as realizações da nova geração.
Fundado
em 2011 por um grupo de jovens tendo a frente Francisca Caporali, o Jaca vai
caminhando a passos largos, promovendo encontros, residências de artistas,
trabalhos comunitários, e uma grande contribuição para a arte contemporânea no
Brasil.
Ao
final do ano de 2014 o Jaca se apresentou na grande galeria do Palácio das Artes,
ali realizando um trabalho coletivo com artistas vindos de vários países das
Américas.
Cada
um deles trazia uma contribuição valiosa de suas experiências em diversas áreas
de arte, uma abertura de consciência para os problemas que afligem os diversos
grupos sociais.
Suas
propostas iluminavam caminhos diversos, mostrando a capacidade dos jovens de
propor situações criativas para a sociedade. Foi publicado num jornal – “A
noite branca” com relatos de diversos artistas residentes.
Hoje,
o Jaca propõe uma instalação bastante inovadora: diversos containers
superpostos e distribuídos num espaço bem planejado estão servindo de abrigo
para esta turma super criativa.
Hoje,
no panorama mundial, instalações caminharam dos espaços fechados dos museus e
galerias para o céu aberto, haja visto
as instalações de Inhotim com os módulos de Hélio Oiticica, e as esculturas
onduladas do escultor “Serra” no Gibbs
Farm (Uma fazenda na costa leste de Nova Zelândia).
Os
containers superpostos já viajaram por mares, chegaram a países, desembarcaram
cargas, fazendo o intercambio comercial como fizeram em tempos atrás os navegantes
com suas caravelas.
Agora,
condenados ao silêncio e à imobilidade, esses containers coloridos são
reutilizados para viver novas experiências. Esse grupo de jovens artistas
corajosos decidiu traçar novos caminhos para esses módulos e os utilizaram como
abrigo de um espaço de arte. Entrar em um container, tomar um chazinho feito
pelos jovens na cozinha da nova sede do Jaca é uma experiência muito
gratificante.
Procurar
novos caminhos para este tumultuado século XXI, é uma proposta corajosa que serve
de exemplo para outros artistas.
“Tudo
aqui foi feito e orientado por nós” nos informou um dos artistas residentes.
Para
mim foi uma experiência prazerosa usufruir deste projeto que de certo modo
realiza um antigo desejo meu de usar um vagão de trem para servir de galeria de
arte. Poderia ser em nossa fazenda, em Entre Rios de Minas.
Cortando a fazenda existe
uma estrada de ferro que conduz o minério para o litoral do Brasil. Até hoje
nenhum parou para me ceder o vagão.
Este
meu projeto ficou apenas no sonho, a realidade está aqui, no Jardim Canadá,
inaugurado por minha neta, Francisca.
*Fotos
da internet
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TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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