segunda-feira, 12 de agosto de 2013

I SEMANA DE ARTE DE ENTRE RIOS DE MINAS

 A 1° Semana de Arte de Entre Rios de Minas aconteceu agora, no final de julho, com grande sucesso, organizada por Marília Andrés, a nova presidente do IMHA.

Marília é historiadora e acredito que a sua gestão vai ser baseada na história. Teresa, nossa jovem ex-presidente renunciou  ao cargo devido ao fato de estar, de agora em diante, morando fora do Brasil, embora tenha colaborado na estruturação do evento.
Marília buscou apoio da UFMG, dali trazendo uma equipe de professores ligados às novas tecnologias. Um vídeo está sendo formalizado, com a história da minha vida de artista, focalizando de preferência a minha fase rural, onde a influência de Guignard foi marcante. Procuramos separar numa sala as pinturas e em outra os desenhos e aquarelas. Naquela época (década de 40) eu pintava à óleo, não havia ainda surgido o acrílico, mas dentro da pintura orientada pelo mestre Guignard, separei alguns quadros representativos. Para o documentário, dei entrevistas para a equipe que veio de Belo Horizonte para ministrar as oficinas da Semana de Arte.

Na minha opinião, Entre Rios está formando um grupo muito bom em vídeos, os professores são ótimos e os alunos muito interessados.

Nesta semana de arte, Marília convidou professores que conheciam o processo de fotografia Pinhole, precursor da fotografia, que remonta à época de Leonardo da Vinci.
“Uma caixinha ou lata poderá servir de câmera fotográfica”. As crianças deliraram ao aprender o processo da câmera escura e ter a alegria de verem seus trabalhos serem revelados. Pinhole é de uma simplicidade comovente. Nesta época em que as crianças recebem brinquedos prontos, a fotografia à moda antiga nos faz refletir sobre o trabalho artesanal dos antigos pesquisadores.

Visitei a oficina de musicalização infantil, linguagem lúdica da música entregue à professora Iraty Boelsums, no Villa Lobo Arte Bar. 30 crianças sentadas no chão, entoavam notas musicais acompanhadas de pandeiros e chocalhos. O objetivo era despertar a criança para o som que está em toda parte, ao redor de nós e também dentro de nós. Havia uma energia muito boa, circulando pelo espaço, em vibrações, como se um grupo de anjos estivesse descendo à Terra. Assisti ao final do curso e pude participar dos abraços coletivos de agradecimento dados pelos artistas mirins à sua jovem professora. Realmente, a música é um grande instrumento de harmonização.

À noite o bar da Cláudia voltava a ser de gente grande. Durante a semana de arte, aconteceram apresentações musicais da Seresta Rios ao Luar, do Grupo Voz e Poesia (Luciano Luppi, Ivana Andrés e Evaldo Nogueira), além de projeções de vídeos de Tuca Boelsums, Graveola e Eduardo Fillizola.

Gostaria de agradecer a preciosa colaboração dos coordenadores Pedro Duarte Lobo, vice presidente do IMHA, Evandro Lemos da Silva, da UFMG, além dos músicos Iraty Boelsums, Ralph Oliveira e Verônica Nóbrega, que doaram seus trabalhos  de forma voluntária.

Também gostaria de agradecer aos colaboradores Iara Rolim de Oliveira, Cláudia Ribeiro Duarte Resende, Tuca Leão Boelsums, Ana Carolina Novaes de Almeida, Gabriel Caram, Vinícius Odilon, Gorete Boelsums, Laura Melgaço Camilo, Mariah Boelsums, Pedro Bertal, Jonathan Serafim e Daniela Cristiane Santos.


*Fotos de Maurício Andrés


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