No 11º Seminário Meio Ambiente e Cidadania promovido pelo jornal Hoje em
Dia, em Belo Horizonte, em 12 de junho, Maurício Andrés participou de mesa
redonda sobre “O desafios das mudanças climáticas – energias limpas para um
planeta sustentável”.
Ali ele disse que nos encontramos num momento crucial, no qual ocorre a
6ª grande extinção de espécies. Nas extinções anteriores, foram eventos
externos que as provocaram, tais como erupções vulcânicas gigantescas ou o
choque de corpo celeste que extinguiu os dinossauros ao mudar o clima e suas
condições de sobrevivência. Desta vez, o homo sapiens é o grande transformador
do clima e do ambiente. Disse concordar com o pesquisador americano Amory
Lovins quando afirma que a energia mais limpa é a que se deixa de usar. Tudo o
que pudermos fazer para minimizar o uso de energia é benéfico para o ambiente:
reduzir desperdícios nas atitudes e hábitos cotidianos, reduzir o consumismo (o
que inclui reduzir o viajismo, o consumismo em viagens); adotar hábitos
alimentares mais eficientes do ponto de vista da ecologia energética, reduzindo
o consumo de carne etc.(isso ajuda a proteger as florestas e evitar o
desmatamento, entre outros benefícios).
Também é muito relevante, especialmente para os engenheiros, arquitetos
e designers, projetar bens que façam o menor uso de materiais e de energia para
proporcionar o máximo de conforto. (Buckminster Fuller foi um mestre nesse
campo do ecodesign, com seus domos geodésicos).
A biomassa é uma forma de uso eficiente da energia solar, feita naturalmente
pelas plantas a partir da fotossíntese. No Brasil, é uma fonte relevante de
energia, pois somos um país tropical com muita incidência solar.
Outras formas de uso da energia solar - como, por exemplo, por meio de
painéis fotovoltaicos, também são adequadas em cidades, para aquecimento de
água e para evitar o uso de chuveiros elétricos em horas de pico de demanda.
Da mesma forma, na mobilidade urbana, privilegiar o uso da energia
humana, por meio de ciclovias e de ruas de pedestres, pode ajudar a limpar o ar
das cidades, poluído pelo trânsito motorizado. Citou o premio Sasakawa recebido
por Belo Horizonte, por ter criado maneira de agir em cooperação entre
moradores, empresas de serviços públicos e empresas privadas na inspeção dos 80
pontos de perigo de inundações e áreas de risco de deslizamento, zonas de
desastre em potencial existentes na cidade.
Mauricio enfatizou que, além de usar energias limpas e renováveis, de
mudar hábitos de consumo, ressaltando os hábitos alimentares, e de medidas de adaptação
aos eventos climáticos extremos, a mais importante energia limpa e renovável é
a energia da consciência humana. Ela pode imaginar e criar maneiras de lidar
criativamente com as mudanças climáticas.
O seminário contou com a palestra do navegador Amyr Klink, que falou de
suas experiências na Antártica e com a arquitetura naval.
Fotos da internet
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