Artista plástica, ex-aluna de Guignard. Maria Helena Andrés tem um currículo extenso como artista, escritora e educadora, com mais de 60 anos de produção e 7 livros publicados. Neste blog, colocará seus relatos de viagens, suas reflexões e vivências cotidianas.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
PAUL MACCARTEY EM BELO HORIZONTE
Paul McCartey cantou em BH, inaugurando com grande sucesso o nosso
estádio, reservado para jogos de futebol e grandes apresentações artísticas.
Paul veio de Londres e foi recebido com carinho por uma multidão
de fãs. Trouxe consigo uma banda de alta qualidade e uma produção pirotécnica
resplandecente. Os fogos de artifício davam um caráter mágico à apresentação e
no meio de cores e luzes, as músicas dos Beatles foram tocadas com a
participação calorosa de fãs vindos de várias partes do Brasil.
Paul McCartey chorou quando chegou ao palco e viu o quanto era
amado por aquela multidão. Nas arquibancadas os celulares acesos pareciam em
seu conjunto um céu estrelado.
Na noite serena e fria de maio, as estrelas também aplaudiam o
show.
A missão de Paul neste nosso conturbado mundo ocidental não
terminou com a separação do grupo e a morte de dois de seus integrantes, John Lennon e George Harrisson.
Paul é grande apologista do vegetarianismo, defende os animais e
acha que eles têm direito à vida.
O exemplo dos Beatles levou muitos jovens a largarem o conforto
das famílias para caminharem, mochilas às costas, pelas estradas poeirentas da
Índia.
Paz e Amor era o slogan que esses jovens pregavam como bandeira.
Lembro-me do “ashram” (comunidade espiritualista) onde os Beatles
receberam suas iniciações, situado à beira do Ganges em Rishkesh, norte da
Índia.
Muitos jovens aprenderam a meditar com o exemplo dos Beatles, e
suas músicas se espalharam pelo mundo como uma grande mensagem de paz.
Até hoje os Beatles continuam trazendo para todos nós a proposta
de não violência, não consumismo e vegetarianismo.
A música é, sem dúvida, de todas as artes a que mais emociona.
Escreve Edgar Poe: "Nós somos devorados por uma sede
inextinguível. Esta sede faz parte da imortalidade do homem. Ela é uma
conseqüência e, ao mesmo tempo, um sinal de sua existência sem termo. Então,
quando a poesia, ou a mais enervante das formas poéticas, a música, nos fazem
cair em lágrimas, choramos, não por excesso de prazer, e sim em razão de uma
melancolia positiva, impetuosa, impaciente, que experimentamos por causa da
nossa incapacidade de discernir, plenamente, aqui nesta terra, uma vez por
todas, aquelas alegrias divinas de que, através do poema ou da música, não
atingimos, senão vislumbramos."
Transcrevo aqui os depoimentos de Carlos Starling e Alexandre
Andrés, que assistiram de perto a apresentação:
“O show do Paul... Viagem no tempo, encontro com um amigo que não
te conhece, mas te emocionou a vida inteira. Poesia absoluta! Emoção absoluta!”
(Carlos Starling)
“Milhares de pessoas assistindo e cantando músicas da época dos
Beatles, dos Wings e novas canções dedicadas a John, ao George e às suas
antigas e atuais mulheres. Ver o meu ídolo de pertinho me emocionou muito!
Impressionante aquele senhor de 70 anos que continua compondo e cantando
lindamente até hoje!!!” (Alexandre Andrés)
*Fotos da internet
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NESTA PÁGINA.”
quarta-feira, 8 de maio de 2013
UMA VISITA AO MUSEU DE ARTE DO RIO
Sempre gostei de
desenhar e pintar veleiros. Talvez seja pela estrutura dos mastros que
energeticamente sustentam a fluidez das velas – navegantes do espaço. No
momento me encontro no Museu do Rio de Janeiro, junto à baía da Guanabara. Do
outro lado da baía, está Niterói, abrigando outro museu, obra famosa de Oscar
Niemeyer. Deste museu onde estou observando os barcos em frente, imagino o
túnel que está sendo criado para se chegar até lá, onde estão outras obras de
arte.
O diretor do MAR, Museu
de Arte do Rio, nos mostrou os diversos espaços destinados às obras do passado
e do presente.
O MAR é um grande navio
parado no porto, um navio ancorado e cheio de obras primas da arte brasileira.
As obras vão desfilando aos nossos olhos, mostrando o Rio desde épocas remotas,
quando ainda não havia a fotografia, um Rio de Janeiro sempre belo, desde a
época do descobrimento até os dias de hoje. Começamos pela parte de cima, onde
estão os paisagistas vindos de outras terras, até os andares de baixo com
enormes salões. Neles a arte moderna e a arte contemporânea vão descortinando
outra história, a do Brasil ventilado pelo sopro da Europa, brasileiros se
unindo a outras terras, num abraço confraternizador. Isto porque o abraço feito
através da arte é sempre confraternizador, ele nos lembra que somos todos
irmãos e não existem diferenças. Colecionadores nos mostram o quanto de amor
foi necessário para reunir obras em seu precioso acervo, cedido com
generosidade ao público. Acervos bem escolhidos devem ser mostrados e, no
momento, parabenizo o acervo da coleção Fadel, sobre o construtivismo
brasileiro. As obras da exposição Vontade
Construtiva têm uma seqüência, se harmonizam em qualidade e precisão. Ali
estão os meus grandes amigos do passado, Volpi, Maria Leontina, Mário Silésio,
Marília Giannetti, Franz Weissmann, Amilcar de Castro. Meu quadro está junto
deles e vai me trazendo lembranças da época, quando o concretismo surgiu no
Brasil, para nos conduzir à disciplina do traço, da linha, das cores chapadas,
da valorização da forma por ela mesma, sem necessidade de significar algo. Um
passeio pelo concretismo é uma caminhada até nossa própria origem indígena e a
fusão harmoniosa desta origem com a mensagem vinda de fora, do continente europeu.
“Eu nunca te
encontraria, se já não estivesses comigo”. Esta frase de Saint Exupery nos faz
lembrar a razão pela qual o construtivismo vigorou com tanta energia no Brasil,
que já estava há séculos preparado para recebê-lo.
A coleção
construtivista de Fadel é uma jóia de arte que deve ser mostrada e, sobretudo,
muito estudada.Os curadores revelaram uma vontade construtiva na forma
harmoniosa como colocaram os quadros nas paredes.
Fui convidada para pronunciar uma palestra sobre o construtivismo em Minas. Recordei aspectos ainda não divulgados, do nosso pequeno grupo, que abraçou com entusiasmo as novas idéias vindas de São Paulo, da 1° Bienal e assimiladas e transformadas nas montanhas mineiras. Ali estavam presentes o diretor cultural do museu, os curadores Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru. Ao final ficou decidido que eu voltaria em junho para repetir a palestra para um público maior.
*Fotos de Marília
Andrés e Alice Andrés.
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