No domingo, 5 de junho, assisti à integração de 2 grupos musicais, Quebra Pedra e Agua Luz. O objetivo de fundir os 2 grupos num só espetáculo, resultou numa harmonia perfeita, um exemplo a ser seguido por outros grupos de arte, inclusive pelos artistas plásticos. Unidade na multiplicidade é a tônica do Século XXI e estes jovens músicos estão abrindo o caminho dentro da arte, da quebra do ego e da competição para alcançar a luminosidade do coletivo. Parabéns pelo espetáculo. Todos nós que estávamos na platéia percebemos emocionados que algo de novo estava acontecendo.
Com grande sucesso, o cantor, compositor e flautista Alexandre Andrés, juntamente com os músicos Gustavo Amaral e Luiz Gabriel estrearam no dia 20 de maio, na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte , o show “Terra das Laranjeiras”. Com um repertório exclusivamente autoral, cada um dos três jovens compositores dedicou uma composição a alguém. Alexandre dedicou uma de suas composições a sua avó, Maria Helena. Intitulada “A Voz de Todos Nós”, transcrevo a letra criada pelo poeta Bernardo Maranhão:
A Voz de Todos Nós
(Alexandre Andrés – Bernardo Maranhão – dedicada a Maria Helena Andrés)
“Sombra de mímica dança enlaçando a nudez
Tango sonâmbulo, peso de um passo a caminho dos pés
Dando espaço ao tempo, o tempo passa bem (2x)
Feito relâmpago antecipando o trovão
Feito libélula irradiando os azuis do verão
Sinto sussurrar a voz do coração (2x)
Lágrima límpida, corre no canto do olhar
Lâmina lúcida, brilho do lírio no lago ao luar
Tão comum, a dor e o bem de cada um (2x)
Página pálida, margem da imaginação
Letra de música, risca da quilha nas ondas do som
Traz pra minha voz a voz de todos nós
Faz de minha voz a voz de todos nós
Um silêncio por dizer (-)
um remanso, um bem querer (-)
uma pausa plena
Dentro da árvore_um bando de passarim (-,- - -)
Cantoria(-), nuvens douradas (;)entre o céu e a serra
(;)flor do pântano, terra dos tuiuiuis
Fim de mundo (-), lugar propício, (;)faz do fim o início”
Foi com muita alegria que me foi possível receber este presente de meus netos músicos, já que considero a todos como netos. A tradição musical da família se estende para o futuro levando a mensagem de amor a todos que acreditam nesta grande missão da música em nosso Planeta. Alexandre é também membro do grupo instrumental Diapasão, como flautista e compositor com quem. No segundo semestre de 2011, estará lançando o seu primeiro CD com este grupo.
Alexandre Andrés com o seu CD autoral de canções, intitulado "Agualuz", lançado pelo Projeto Natura Musical no ano de 2009, recebeu críticas de importantes músicos e jornalistas, tais como:
"Alexandre Andrés, mineiro de BH, de apenas 19 anos, estréia de forma fulminante em "Agualuz". O disco independente ganhou tiragem ampliada por ter sido selecionado no edital do projeto Natura Musical, junto com a turnê de lançamento. Ele toca violão e canta no disco as músicas que compôs com o poeta Bernardo Maranhão, mas também é responsável pela densa polifonia dos arranjos. Alexandre domina vários estilos da MPB, alguns entrelaçados como a vertiginosa Romanceada. A prosa arquitetônica de Guimarães Rosa perspassa o enredo de forma explícita (Rosa) ou implícita (Névoa-nada, Margem da Terceira Rua). Mônica Salmaso legitima as escalas enviesadas de Cadência, Regina Amaral pavimenta o piano da ecoante Uirapurú, e André Mehmari pontua Revoar. Requinte puro." (Tárik de Sousa – Jornal do Brasil, 23/10/2009)
Sobre o CD “Agualuz”, o crítico musical Ailton Magioli escreveu: “Dono de trabalho surpreendente, diante da sua faixa etária, Alexandre Andrés explora em sua música melodias e harmonias dignas da tradição mineira, casada com uma poesia que prima por rigor e qualidade nem sempre perceptíveis na música popular” (O Estado de Minas, 21/11/2008).
“I enjoyed listening to Águaluz” “I thought the level of musicianship was very high and it made me smile”
(Michael Riesman, diretor musical do compositor norte americano Philip Glass, – Sobre o CD Águaluz de Alexandre Andrés)
“...o Alexandre é um jovem extremamente talentoso. Quando ouvi sua música, por primeira vez, senti ali um grande frescor... pude notar ali, claramente, a 'voz' de um compositor...” (André Mehmari, SESC Instrumental/TV SESC).
*Fotos de Artur Andrés
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