“Hoje os EUA são o país com maior número de usinas nucleares: são 104 no total. Isso representa 18% da matriz energética daquele país. A França está no topo dos países com maior dependência desse tipo de energia: 80% da matriz é nuclear. No Brasil, o uso de energia nuclear não chega a 3% do total que é consumido.”
“O Japão tem 55 reatores nucleares que funcionam em 17 usinas distribuídas pelo país. Juntas, elas geram 36% de toda a energia consumida pelos japoneses.”
“O vazamento de césio 137, assim como de outros elementos radioativos, pode provocar deformação nas células da população exposta. Consequentemente a ocorrência de câncer.” (Informações da Folha de São Paulo, 13/03/2011)
O vazamento na usina de Fukushima, no Japão, nos traz mais uma vez à memória os ataques nucleares de 1945. As bombas mataram 140 mil japoneses em Hiroshima e calcula-se que mais de 340 mil tenham sido expostos diretamente à radiação. Em Nagasaki estima-se que os mortos foram 74 mil na explosão e mais de 70 mil até um ano depois.
O uso da energia nuclear passa a ser um alerta para o mundo. Países como a Suíça e Alemanha começam a rever seus projetos de energia nuclear. E os efeitos da radiação atômica estão sendo estudados por cientistas do mundo inteiro.
Grupos de ambientalistas protestam contra as usinas nucleares, justificam que se o Japão, um país tão preparado para esses acontecimentos, não consegue proteger sua população, certamente a Europa também não conseguiria.
Todos nós precisamos pensar um pouco sobre outras formas de energia menos agressivas e perigosas.
No Brasil o aquecimento solar é utilizado em 10.000 habitações populares. Belo Horizonte é a capital solar do Brasil, com placas de captação em 2.000 edifícios. Tive a oportunidade de assistir a uma palestra do engenheiro Carlos Faria “Energia Solar – Mercado, Legislação e Aplicações”, no Seminário Internacional Sustentabilidade e Ecoconstrução, em Setembro de 2010 em Belo Horizonte : “A cidade que (re)construirmos hoje definirá nosso compromisso futuro com a sustentabilidade do planeta.” Carlos Faria é coordenador da Iniciativa Cidades Solares do Brasil. Naquela palestra ele nos mostrou como a energia solar vem sendo utilizada em diversos países: Portugal, França, Espanha, Itália, Alemanha, China, Índia, Brasil e vários outros. Destaca-se Israel, onde a instalação de aquecedores solares é obrigatória desde 1980.
Os tradicionais moinhos de vento da Holanda, que povoaram a imaginação das crianças e de todos nós, estão sendo relembrados agora, com a utilização da energia eólica.
Gostaria de acrescentar aqui a experiência de Teresa e Pedro com energia solar para uso popular. “ Em Aracaju existe uma iniciativa afim de aproveitar a energia solar para a cocção de alimentos. O fogão solar pode ser feito de forma simples, com materiais reutilizados, como caixas de papelão e chapas de zinco. Participei de várias oficinas por todo o Estado de Sergipe, ensinando a cozinhar com o sol. O povo vibrou com a novidade, pois muitas pessoas dependem da lenha cada vez mais escassa.”
Teresa me presenteou com um fogão feito em uma caixa de papelão, revestido internamente com papel alumínio. Procurei um lugar que tivesse muito sol e instalei o fogão na frente da minha casa. Depois de 1 hora o vapor começava a subir da panela e uma vizinha me perguntou curiosa: - o que você está fazendo aí? – cozinhando feijão, eu respondi. – só mesmo você Maria Helena! E eu pensei comigo mesma: hoje ninguém acredita, mas um dia terão que acreditar.
O fogão solar pode também ser considerado “arte contemporânea à margem dos museus”.
*Fotos da internet
VISITE MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS” CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA. HOJE ESTÁ SENDO POSTADO “SUBINDO OS HIMALAIAS”.
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