quarta-feira, 16 de setembro de 2009

HORTA ORGÂNICA

A fazenda Luiziânia, localizada no Campo das Vertentes em Entre Rios de Minas, convidou um grupo interessado em alimentação orgânica, para uma visita à sua horta.
Familiares de Belo Horizonte levaram suas crianças para aprender o processo de cultivo orgânico, sem agrotóxicos.
Educar as crianças a adotarem uma alimentação saudável é o primeiro passo para a grande transformação prevista para o século XXI.
O cultivo da terra é uma forma de arte, uma extensão da arte à vida. Naquele momento os visitantes também participavam do processo de plantar e colher.
As crianças observavam os detalhes do nascimento e crescimento de uma planta e indagavam curiosamente: “Vem ver os nenéns da estufa,são lindos!”
Teresa e Pedro iam conduzindo os visitantes: “Olha como a natureza é sábia, às vezes as folhagens mais velhas protegem as que estão nascendo, para que a luz do sol não prejudique as recém nascidas.”
Os visitantes iam recebendo lições de vida, nascimento, crescimento, morte e renascimento.
As folhas velhas são colocadas num composto, que servirá de adubo natural para novas plantações. O composto é feito de esterco, capim e água e, naquele dia estava sendo revirado para esfriar. O processo de fermentação eleva a temperatura do composto. De perto podíamos sentir o calor daquelas pirâmides de adubo natural. Dois homens mexiam e cavavam cavernas naquelas pirâmides que se destinavam ao ciclo do eterno retorno. “Nada se perde, tudo se transforma.”
Observar o cultivo da terra é receber lições que nos chegam diretamente da natureza.
Um grupo de crianças se interessou pelas bananeiras e Teresa explicou: “Vocês já ouviram falar de bananeira que já deu cacho? As bananeiras crescem juntas, como uma família, e a mais velha, depois de dar cacho é retirada para dar chance às outras”. Outras explicações se seguiram e no final, um almoço vegetariano, servido na varanda foi uma experiência gastronômica de alto nível. Comemos os frutos da terra sem nenhum agrotóxico, enquanto víamos da varanda, a horta se estendendo como uma grande tapeçaria viva.


*Fotos de Cristina Cortez

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