domingo, 28 de fevereiro de 2021

TRAJETÓRIA ARTÍSTICA DE MARIA HELENA ANDRÉS I

 

Transcrevo abaixo o texto sobre minha trajetória artística que recebi de Eliana Andrés Ribeiro:

“A Trajetória Artística de Maria Helena Andrés pode ser considerada uma síntese de todo o seu processo como artista plástica, escritora e arte educadora, desde os 14 anos de idade, até os dias de hoje. Surgiu a partir da organização de seu arquivo, fonte de um extenso material, e a participação constante da artista, com depoimentos e confirmações, a enriquece e torna suas informações mais precisas.

A trajetória complementa o livro de autoria de Almerinda Lopes da Silva, publicado em 2004, mencionando inclusive a criação do IMHA e as mais recentes formas de manifestações artísticas de Maria Helena, como as esculturas, as fotografias e as colagens. O objetivo dessa trajetória é o de, junto ao livro editado pela C/Arte, ser inserido a projetos, como uma das formas de apresentação da artista. Também pode ser apresentada a museus, galerias, escolas de arte, colecionadores e outros interessados em conhecer melhor a artista.

 


           


        A Trajetória Artística nos mostra a linha do tempo do processo artístico de Maria Helena. Selecionei o que de mais importante considero em relação às suas realizações, desde o inicio de suas expressões artísticas, antes de sua formação em escolas de belas artes, a influência marcante de Alberto da Veiga Guignard, e a passagem do figurativo para o abstrato, tendência predominante em suas obras desde a década de 1960.

Duas exposições marcaram a carreira de Maria Helena Andrés naquela época. Em São Paulo, na Galeria das Folhas, quando foi indicada para o prêmio de desenho, em 1961, e a outra, individual, referente à fase espacial, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, por ocasião da chegada do homem a lua, em 1969.

 


             


 A participação em Salões e Bienais, as Salas Especiais, além das homenagens recebidas ao longo de sua carreira profissional, também são mencionadas no texto.

Foram inseridas algumas imagens de gravuras, serigrafias e tapeçarias, pouco conhecidas do público em geral, além dos principais painéis realizados pela artista.

O sucesso no mercado de arte nunca foi prioridade em sua carreira profissional. Suas diferentes formas de expressão artística acompanham seu processo de vida, sempre impulsionado por necessidades e buscas internas. (Eliana Andrés Ribeiro)

O interesse pela Índia, de certa forma, me afastou da necessidade em me promover como artista plástica. Recusei vários convites para exposições individuais, embora nunca tenha parado de pintar”. (Maria Helena Andrés)

FOTOS DE ARQUIVO

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE MARIA HELENA ANDRÉS

 

Recebi de Eliana Andrés Ribeiro o texto sobre o meu arquivo, que transcrevo abaixo:

“Há mais de 40 anos tenho acompanhado de perto a trajetória de minha mãe, como admiradora de suas diversas expressões artísticas, como colaboradora em suas publicações, seja como desenhista, autora de textos, ou organizadora; além de ter participado em sua equipe, como professora, de vários workshops na Universidade Holística Internacional de Brasília.

Acompanhei Maria Helena em várias de suas viagens à Índia, ponto em comum de nossas trajetórias, desde que descobri minha grande afinidade pelas tradições filosóficas daquele país. A integração dessas filosofias vem determinando nossos valores, nosso estilo de vida, desde os hábitos alimentares, a valorização do simples, do frugal, até a postura diante do mistério da nossa passagem por este planeta.

Eu me considero  guardiã de um arquivo precioso, que nos transmite a história de uma artista que tem levantado voos bem acima do lugar comum. O arquivo de Maria Helena contém, além de artigos de jornais e revistas, catálogos, vídeos, imagens da artista e também de suas obras. Todo este material nos forneceu as informações necessárias para a elaboração de sua extensa biografia, com o registro das mais de 100 exposições realizadas ao longo de sua carreira artística.

 

                                        










 


  Convite da exposição do grupo de artistas construtivos brasileiros que integra a Coleção Adolpho Leirner, realizada em Zurich, na Suíça, em 2009/2010.




Exposição de Maria Helena Andrés na galeria da Escola Guignard, Belo Horizonte, realizada em comemoração aos 70 anos da Escola Guignard, em 2015.
 

Quando lemos os depoimentos dos mais de 30 críticos que escreveram sobre ela, compreendemos melhor a sua busca como artista plástica por diferentes formas de expressão, predominando a estética do belo, do lírico, daquilo que estimula em nós algo que nos traz leveza e sentimentos nobres.

Quando lemos seus diversos livros percebemos que Maria Helena é uma artista pensadora e que aos 98 anos continua nos trazendo lições de sabedoria, fruto de um trabalho intelectual intenso, desde a leitura de pensadores cristãos na década de 1960, dos grandes filósofos orientais, a partir dos anos 1970 e a integração de tudo o que foi assimilado nas últimas décadas, até os dias de hoje.

Nos artigos de jornais dividimos aqueles que foram escritos por críticos e os inúmeros artigos que reúnem depoimentos da própria artista.

Dos vídeos destaca-se Maria Helena Andrés – Arte e Transcendência (*), um documentário lançado em 2018, dirigido por Evandro Lemos da Cunha e Danilo Vilaça, com a colaboração de uma equipe formada por nossa família. Em apenas 26 minutos focalizamos toda a trajetória de Maria Helena, como artista plástica, escritora e também como arte educadora, o que nos exigiu uma longa pesquisa e dedicação.

 




Maria Helena tem desenvolvido todo o seu potencial como artista plástica e também como escritora. Além disso, sempre teve facilidade em expressar suas ideias, o que posso ilustrar com o seu depoimento recente dado para a Escola Guignard. Sua clareza, lucidez e inspiração ao falar, inclusive de sua visão positiva da vida, em plena época de pandemia, é um exemplo para todos nós (**).”  (Eliana Andrés Ribeiro)

(*) Ver Youtube “Documentário: Maria Helena Andrés- Arte e Transcendência.

(** ) Ver depoimento da artista para a inauguração das aulas online na Escola Guignard, em novembro de 2020, no Youtube: Trecho da 3ª Aula Inaugural da Escola Guignard.

*FOTOS DE ARQUIVO

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domingo, 14 de fevereiro de 2021

E- BOOKS NO EDITAL DE 2021


Recebi de Maurício Andrés o texto abaixo, sobre o projeto que ele e equipe estão realizando para o Edital da Lei Aldir Blanc:

“ A digitalização da sociedade, que já vinha acontecendo de modo rápido, acelerou-se ainda mais com a pandemia.

Tudo aquilo que não se encontra digitalizado e disponível eletronicamente para acesso à distância torna-se invisível.

 É como se não mais existisse, evapora-se da memória coletiva.

Dai a importância de colocar em meio digital  livros, publicações em papel e outros produtos que foram criados analogicamente.

É nesse contexto que o IMHA produz os e-books (em português, inglês e espanhol) Pepedro nos caminhos da Índia, livro de autoria de Aparecida Andrés ilustrado por Maria Helena Andrés e que tem duas edições em papel esgotadas.  Esse livro conta a história de um menino brasileiro em suas andanças pela Índia, acompanhando seus pais e o que ele observou e vivenciou naquele país.



Capa de primeira edição do livro Pepedro nos caminhos da Índia.



Pepedro nos caminhos da Índia – ilustração e texto de uma página



Uma versão em video-audio-livro também está sendo também produzida, proporcionando o acesso ao livro para crianças ainda não alfabetizadas.

Do mesmo modo, os textos de Maria Helena Andrés sobre Arte e sobre suas viagens culturais, sobre arte e evolução humana, foram selecionados e editados  como e-books disponíveis na Amazon.  A fortuna crítica, ou seja, textos de críticos de arte e de especialistas, sobre a obra de Maria Helena Andrés, também  está se tornando mais um e-book.

Todos esses produtos renovam a divulgação e facilitam o acesso do publico a conhecimentos e informações sobre a vida e obra da artista.”  

(Maurício Andrés)

 *FOTOS DE ARQUIVO

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sábado, 6 de fevereiro de 2021


 

PRODUÇÃO DOS VÍDEOS EM HOMENAGEM A MARIA HELENA ANDRÉS II


Dando continuidade ao projeto desenvolvido por Luciano Luppi, transcrevo o texto abaixo:

 “Pensando em oferecer a nossa contribuição para as comemorações do centenário de Maria Helena em 2022, decidimos realizar mais alguns vídeos sobre a sua obra, especificando suas diversas fases: Terra, Barcos, Guerra, Espacial e Mandalas, além da fase Construtiva.

 Decidimos utilizar músicas autorais que remetessem ao espírito de cada fase da artista. . Uma homenagem do grupo Voz e Poesia à Maria Helena. Esses vídeos poderiam, eventualmente, estar presentes em monitores com fones de ouvido para espectadores, durante a exposição programada para a época do centenário.

 Com a aprovação da lei Aldir Blanc está sendo possível finalizar este trabalho, que estava em estado embrionário.

 Foram escolhidas as músicas abaixo para cada fase da trajetória artística de Maria Helena Andrés.

 FASE TERRA

Música “Chão de Caminhar” (trecho)




 “Caminho não há caminhante só

A trilha se faz no andar

E quando a gente olha para trás

Só se veem no chão marcas de um pé

E é só.”

 Esta música reflete a construção de um caminho, com os pés na terra, tal como Maria Helena descreve nessas obras a sua história, região, família e projeto de vida.

 FASE CONSTRUTIVA

 Música “Início, meio e fim” (trecho)



“Início, meio ou fim

Onde é melhor, enfim, começar?

 Comece do começo, mas onde é o início?

Onde é esse lugar?

Onde tudo começa

Ou onde termina pra recomeçar?

 Início, meio ou fim

Onde é melhor, enfim, começar?

Comece do começo, e ele é qualquer lugar

Por onde começar.”

 Esta música, bem ritmada, é um sambinha. Foi escolhida para acompanhar a fase Construtivista devido ao ritmo e à repetição de formas geométricas. São as “Cidades Iluminadas” que, muitas vezes lembram partituras musicais.

 FASE BARCOS

Música “Trilhas” (trecho)




 “Viajar é preciso, é preciso se soltar

Deste porto largar as amarras, navegar.

Por a roda a rodar pela estrada, a girar

Da turbina lançar fora a corda, decolar

E voar, e voar...”

 A música nos fez lembrar o vitral de um veleiro, fonte de inspiração para a fase de “Barcos”, bem como para as inúmeras viagens de Maria Helena ao longo de sua vida.

 FASE GUERRA

Música “Anjo caído”



“Ser ou não ser, o que será?

O ser humano, humano ser

O que será?

De onde virá?

 Será , quem sabe, um anjo branco

Montado num demônio

Velho, feio e manco?

 Sete dias passaram

E na certa causaram

Um imenso cansaço

Ao criador

 E quando Deus dormiu

Um anjo branco viu

Um diabinho esperto

E sem ninguém por perto

Se enamorou

 Assim o homem enfim surgiu

Metade anjo e a outra metade um

Um monstro vil

 Ou simplesmente

Ele é somente

Um anjo que caiu...”

 Esta música descreve um Anjo Caído como símbolo dos conflitos e contradições do ser humano. Corresponde à Fase de Guerra, realizada durante a época da ditadura no Brasil.

 FASE ESPACIAL

Música “Sonhos” (trecho)




 “Vem viver, nas asas de um sonho

E não deixar morrer

O que brotou um dia no coração

Quase ideia, quase canção

 Vem voar, nas asas de um sonho

E acreditar

Que existem chances novas, e semear

Com vontade, um outro grão.”

 Tanto a música quanto as obras da autora inspiram o ser humano para uma viagem além das fronteiras conhecidas.

FASE MANDALAS
Música “Conhecer”




 “Quem só conhece o outro não sabe

Que sábio é se conhecer

Pois o outro é um espelho

Pra gente se reconhecer

 E nesse reconhecimento

A gente passa a saber

Que o não saber é ciência

Maior que alguém pode ter.

 Quem vence o outro é forte

É forte mas não tem poder

Pois de que nos vale a força

Que não tem razão de ser

 Pois a razão de ser é outra

E com a força não tem nada a ver

É quando a gente vence a si mesmo

E assim conhece o próprio poder.”

 Esta música foi escolhida por remeter à necessidade interior de autoconhecimento, simbolizada pela imagem de um centro a ser buscado. É a fase de Mandalas.

Todos os vídeos que estão atualmente em fase de finalização, em breve estarão disponíveis no YOUTUBE" (Luciano Luppi)

 

*FOTOS DE ARQUIVO

 

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